O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na quinta-feira (26) passada o decreto que autoriza a concessão da exploração do potencial hidrelétrico da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Com isso, o consórcio Norte Energia, que venceu em abril o leilão para a construção da hidrelétrica, fica autorizado a iniciar as obras. O consórcio é composto por 18 empresas, tendo Eletrobrás, Chesf e Eletronorte como principais acionistas. Ele poderá explorar o potencial hídrico da usina por 35 anos.
De acordo com o Planalto, a Norte Energia firmará contratos de comercialização da energia produzida em Belo Monte com as concessionárias de distribuição num valor total de R$ 62 bilhões. A expectativa é de que a hidrelétrica comece a operar em 2015. A construção da usina, que será a terceira maior do mundo, gerou protestos de ambientalistas e da população indígena que vive nas margens do rio Xingu. Eles alegam que a hidrelétrica vai provocar desmatamentos e alagar tribos indígenas. O governo, por sua vez, explica que o projeto final da usina teve o reservatório reduzido em relação à proposta inicial em 60%. De acordo com a Presidência, a média de áreas alagadas por usinas hidrelétricas é de 0,49km² por megawatt, enquanto Belo Monte terá um impacto de 0,04 km² por megawatt instalado, o que não provocará grandes alagamentos.
A capacidade mínima da usina que será construída no Pará é de 11.233,1 megawatts, menor apenas que a de Três Gargantas, no rio Yangtzé, na China, e a da binacional Itaipu.
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