As emissões brasileiras de gases que contribuem para o efeito estufa cresceram 45% em 11 anos, de 1994 a 2005, atingindo, no total emitido apenas nesse último ano, 2,19 bilhões de toneladas, indica um levantamento divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia nesta terça-feira (26).
O dado faz parte do inventário de emissões que servirá para atualizar as estatísticas sobre o país na Convenção do clima das Nações Unidas, cujos signatários voltam a se reunir no final de novembro em Cancún, no México.
O novo número consolida a posição brasileira como o 5º maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, atrás de China, Estados Unidos, União Europeia e Indonésia.
Esse é o segundo levantamento sobre emissões produzido pelo Brasil. Na última edição, que considerou até o ano de 1994, o volume de emissões registrado nesse ano foi de aproximadamente 1,6 bilhão de toneladas.
Apesar de um crescimento acumulado de 45% em 11 anos, o governo brasileiro acredita que o país poderá fechar o ano de 2009 com 1,77 bilhão de toneladas de gases emitidos, o que representa uma queda de 19% em relação a 2005.
De acordo com o levantamento do Ministério da Ciência e Tecnologia, mudanças no uso da terra e florestas, que inclui as consequências do desmatamento, representaram 61% do total de gases do efeito estufa emitidos pelo país em 2005.
O setor agrícola, com queima de resíduos e o manejo de dejetos animais, vem em segundo lugar, com 19% do total, seguido pelo setor energético (15%) e pelo de processos industriais (3%).
No final de 2008, o Brasil assumiu como meta voluntária a redução de até 38,9% de suas emissões até 2020, considerando como base o ano de 1990.
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