Existem correntes de ar que se elevam nos trópicos, descem a 30 graus de latitude norte e sul, e voltam a deslocar-se para o Equador. Denominam-se células de Hadley, em honra de George Hadley (1686-1768), o cientista inglês que as descobriu pela primeira vez, em 1753. Embora quase todo o ar quente que assenta na superfície a 30 graus de latitude norte e sul volte para o Equador, uma parte continua a deslocar-se para os pólos. A cerca de 60 graus de latitude norte e sul, este ar entra em contacto com o ar polar frio. As zonas onde se encontram estas massas de ar denominam-se frentes polares. A diferença de temperatura entre as duas massas de ar faz com que o ar mais quente se eleve. Grande parte deste ar retrocede para o Equador e assenta na superfície a cerca de 30 graus de latitude norte e sul, com o que contribui para as altas pressões dessas regiões.
As circulações que se produzem entre os 30 e os 60 graus da latitude norte e sul, chamam-se células de Ferrel, em honra de William Ferrel, que as identificou pela primeira vez em 1856. O resto do ar que se eleva nas frentes polares continua a mover-se em direcção aos pólos. Quando se aproxima destes, arrefece, desde e regressa para os 60 graus de latitude norte e sul. As chamadas células polares de Hadley são mais débeis que as tropicais devido à menor energia solar que as regiões polares recebem.
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