sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Áreas de Tensões Internacionais


Principais Causas
A Geografia dos Conflitos exibe diversas áreas de tensão espalhadas pelo globo, tendo como principais causas, as rivalidades étnicas, religiosas e nacionalistas e ainda os casos em o conflito envolve disputa entre estados ou mudanças de fronteiras.

Índia e Paquistão - Conflito entre dois Estados
Um exemplo de conflito entre dois ou mais Estados é o que ocorre entre a Índia e Paquistão, duas potências nucleares. A Índia - de maioria hindu - e o Paquistão - muçulmano - onde o dois países disputam a região da Caxemira localizada ao norte da Índia.

Colômbia - Guerra Civil
Outro exemplo de conflito é aquele que ocorre dentro de um país ( guerra civil - guerrilha ), onde grupos armados objetivam a tomada do poder, é o que ocorre na Colômbia, onde a Farc ( Forças Armadas Revolucionária da Colômbia ), controlam uma área de 42 mil km2 dentro do território colombiano, instalando uma guerra civil no país e um dos conflitos mais duradouros e sangrentos da América Latina.

México - EZLN - Exército Zapatista de Libertação Nacional
No México a luta do EZLN - Exército Zapatista de Libertação Nacional - que tem sua ação no Departamento de Chiapas, uma região pobre ao sul do país, sua luta é contra a política neoliberal do governo mexicano, que exclui e marginaliza a população pobre.

Outros Conflitos pelo Mundo

Afeganistão: Apesar de grupo fundamentalista Taleban ter sido retirado do poder pelos americanos, isto nunca trouxe estabilidade política ao país, as mulheres continuam sendo mal tratadas, tribos e clãs (tadjique, uzbeque e hazará) continuam em luta pelo poder em algumas regiões do país.

Chechênia: Esta região do Cáucaso de importância estratégica para a Rússia por causa do petróleo, também é motivo de grande instabilidade em função de conflitos étnicos.

Coréia do Norte: O país segue uma rota de isolamento no cenário internacional, em função de seu programa nuclear hostil aos interesses dos Estados Unidos, Coréia do Sul, China e Japão.

Iraque: A coalização anglo-americana que derrubou Saddam Hussein, enfrenta a instabilidade política e a ação de grupos terroristas contrários a presença de estrangeiros no país.

Sri Lanka: Conflito de origem religiosa onde Tâmeis (hinduístas) lutam contra cingaleses (budistas), estão em luta desde 1980 (século xx).

África: Ruanda e Burundi. Conflitos entre Ruanda e Burundi, na região dos Grandes Lagos Africanos, já deixaram 1 milhão de mortos e 4 milhões de refugiados, metade da população do país, em consequência da antiga rivalidade entre as etnias tutsi e hutu.

África: Nigéria. O conflito entre cristãos ao sul e muçulmanos ao norte faz parte do cotidiano da Nigéria. A Nigéria é o principal exportador de petróleo da África, mas a esmagadora maioria da população, de 112 milhões de pessoas, vive na pobreza. As péssimas condições de vida são responsáveis por boa parte das tensões religiosas do país, composto de cerca de 250 grupos étnicos.

África: Somália. A Somália não tem um governo efetivo, não há nenhum serviço público e nenhuma força de segurança. Esta situação se prolonga desde 1991 quando os “senhores da guerra” derrubaram o ditador Mohamed Siad Barre, provocando o colapso do Estado e a guerra civil. O conflito ocorre entre grupos insurgentes islâmicos acusados de ter ligação com a Al Qaeda e forças do governo apoiadas por tropas etíopes, que tentam manter o controle sobre a capital Mogadício.

África: Argélia. A Argélia é um país árabe do norte da África que sente a volta do ambiente de terror que dominou este país nos anos 1990, marcado por conflitos entre o Exército e grupos islâmicos radicais. Em janeiro de 2007 o Grupo Salafista para a Predicação e o Combate (GSPC) passou a se chamar Al Qaeda nos Países do Magreb Islâmico, assumindo a autoria de uma série de atentados. Em um comunicado divulgado na internet afirmou a Al Qaeda nos Países do Magreb “Não estaremos em paz até liberarmos toda a terra do islã que está com os cruzados e com os apóstatas, e até que tornemos a pôr os pés na nossa Andaluzia espoliada e no nosso Al Quds (Jerusalém) violado”. O grupo Al Qaeda nos Países do Magreb tem entre 500 e 800 membros na Argélia, Mauritânia, Mali e Níger.

África: O Massacre de Darfur. Darfur é a região maior que a França localizada a oeste do Sudão, o maior país da África, espalha-se pelo Deserto do Saara, savanas e florestas tropicais. O conflito na região confunde até experientes diplomatas, mas o fato é que desde 2003 dois milhões de pessoas já abandonaram a região e 250 mil desde agosto de 2006, desestabilizando países vizinhos como o Chade. Em quatro anos este conflito já teria causado a morte de 400 mil pessoas. Na raiz desse “conflito étnico” estão uma disputa por petróleo, e a omissão calculada de países como, EUA, China e França não mero acaso, o Sudão é o segundo parceiro comercial da China no continente africano e Pequim compra 65% do petróleo sudanês. São chineses os fuzis que matam em Darfur.

Palestina: Conflito Árabe-Israelense, onde os palestinos reivindicam o reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel - Faixa de Gaza e Cisjordânia. Os maiores entraves para uma soluçaõ do conflito são; o status de Jerusalém; o controle dos mananciais hidrícos; os refugiados palestinos e judeus; a delimitação das fronteiras e o terrorismo.

Timor Leste: Essa ex-colônia portuguesa cuja população em sua maioria de religião católica, foi anexada ao território da Indonésia ( de maioria islâmica ) em 1975. Depois de um tenso e violento conflito separatista , onde morreu praticamente metade da população , em 1999, Timor Leste conseguiu sua independência, através da mediação da ONU, dos EUA e Portugal, junto ao governo da Indonésia. No dia 20 de maio de 2002, nasce a República Democrática de Timor Leste.

Espanha: A questão do País Basco. Um movimento nacionalista pela independência do País Basco - região ao norte da Espanha e sudoeste da França, que tem no grupo ETA ( Pátria Basca e Liberdade ) o seu braço mais violento, com atentados terroristas que abalam a nação espanhola.

Turquia: Os Curdos querem a independência do Curdistão, e para isto guerrilheiros separatistas lutam pela independência desde os anos 80. A área em que habitam se encontra sob domínio da Turquia, do Iraque, da Síria e do Irã.

Taiwan: Embora funcione como um país autônomo, não é reconhecido como estado soberano pela ONU e não faz parte dos principais organismos internacionais. O governo da China considera Taiwan ” uma província rebelde” e pleiteia sua reintegração ao território chines desde 1949. Por 2.896 votos a favor o Parlamento Chines aprovou em 14 de março de 2005, uma lei anti-secessão que permitirá o uso da força caso Taiwan decida declarar sua independência formal.

QUEM PERDE E QUEM GANHA COM ESSES CONFLITOS

Os confrontos dispersos pelo mundo fazem milhões de vitimas, sem contar os refugiados, pessoas que fogem da violência, o número de refugiados vem crescendo progressivamente desde as últimas décadas do século XX , que em 1995 já chegava a 27 milhões de pessoas. Nas diversas regiões do globo alguns povos se destacam , como no Oriente Médio ( curdos, palestinos e afegões), na Ásia Meridional ( indianos e paquistaneses ), na região dos Bálcãs ( refugiados das repúblicas da ex-Iugoslávia ) e na África Negra ( Ruanda, Sudão, Etiópia, Somália, Serra Leoa, etc.). Mas há também quem sai ganhando com tantos conflitos. Em 2006 a despesa total em armas dos Exércitos nacionais chegou a US$ 1,2 trilhão, alta de 3,5% em relação ao ano anterior. Os cinco maiores gastadores, que continua sendo liderado com sobras pelos Estados Unidos, foi a China, que pulou da quinta para a quarta colocação e tornou-se o país com maior investimento militar da Ásia, superando o Japão. O aumento nos gastos militares teve reflexo direto no comércio mundial de armas. Em 2006, o volume de armas convencionais vendidas no mundo registrou alta de 50% em relação a 2002. China e Índia foram os maiores compradores, enquanto EUA e Rússia encabeçaram a lista de exportadores. EUA e União Européia continuam fornecendo “grandes quantidades de armas” a países do Oriente Médio.

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