FORMAÇÃO DO SOLO
O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de agentes externos (como chuva, vento, umidade etc.) sobre restos minerais, porém enriquecidos com matéria orgânica.
Sem a presença de matéria orgânica não há a formação de solo, tratando-se somente de minerais não consolidados.
O solo pode ser compreendido como conseqüência da ação do tempo, dos vegetais e animais, do clima e da topografia sobre o material do subsolo (rocha). Estes fatores são chamados de agentes formadores do solo. Estes agentes podem ser divididos em agentes ativos; o clima e a biosfera, e a agentes passivos: a rocha e o relevo.
O tempo determina a maturidade do processo de formação do solo, dividindo os solos em jovens e maduros, dependendo da intensidade da atuação.
PERFIL DO SOLO
O solo é dividido em camadas horizontais, chamados de horizontes. As características que podem ser levadas em conta para diferenciação dos horizontes dependem do conhecimento da pessoa que está realizando o trabalho e são baseados em alguns critérios como textura, cor, consistência, estrutura, atividade biológica, tipo de superfície dos agregados, etc.
Normalmente o solo possui três horizontes bem fáceis de distinguir, o horizonte O, que representa a matéria orgânica presente na superfície; o horizonte A, que representa a região em que o solo perde material para as camadas mais profundas e o horizonte B, local em que se acumulam os materiais perdidos pelo horizonte A.
Outras camadas importantes para se distinguir um perfil de solo são o horizonte C, e R, caracterizados pela rocha matriz decomposta (C) e não decomposta (R).
No exame do perfil do solo três variáveis são de fácil identificação, podendo ser realizadas no campo e por pessoas sem experiência nesta área.
A cor é uma das características que mais chamam a atenção, devido às várias tonalidades de coloração existentes no perfil, permitindo uma rápida delimitação dos horizontes.
Na determinação da cor do solo 3 são os fatores predominantes; a matéria orgânica, que confere uma cor escura; o ferro, que confere um tom avermelhado e a quantidade de sílica (quartzo), que clareia o horizonte. Ou seja, quanto mais escuro (negro) for o solo, mais matéria orgânica ele possui; quanto mais vermelho, mais compostos de ferro e quanto mais claro (branco), mais quartzo terá.
A textura do solo refere-se às proporções dos grupos de grãos que formam o solo, ou seja à proporção de argila, silte e areia. Na prática o conhecimento da textura é feito mediante a manipulação do solo úmido entre os dedos, o que dará uma idéia, pela manipulação táctil, da predominância das frações granulométricas finas e grosseiras.
A consistência do solo é a última variável de fácil identificação no campo e é dividida em seca, úmida, molhada e cimentada. Estas classes são expressas pelo grau de adesão ou pela resistência à deformação.
CAPACIDADE DE USO DO SOLO
A classificação de capacidade de uso do solo é baseada em 8 classes, dividida em terras próprias para cultivos anuais e impróprias para cultivos anuais. Esta última classe ainda se divide em terras para cultivo permanente e de preservação.
De acordo com sua adequação as terras apresentam:
1. Terras Próprias para Cultivo anuais - classes I, II, III e IV
2. Terras Impróprias para Cultivos anuais - classes V, VI, VII e VIII
As classes I, II e III incluem as terras que estão capacitadas a um regular cultivo, enquanto a classe IV, as que podem ser cultivadas ocasionalmente, isto é, de uma maneira limitada.
As classes V, VI e VII abrangem as não adaptadas ao cultivo freqüente, a não ser pastagens ou florestas implantadas. A classe VIII é reservada às que não servem para cultivos, pastos ou reflorestamentos, mas que em parte podem ser destinadas à vida selvagem, a recreação, etc.
Procure na casa de agricultura de sua cidade um esquema mostrando quais as terras que fazem parte das classes de uso do solo. Talvez já existam mapas de sua região com as classes de uso.
O solo brasileiro é formado a partir de três estruturas geológicas, são elas: escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos. Cada uma permite a formação de determinados minerais e solos. A partir dessas estruturas geológicas são identificados quatro tipos de solos: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.
• Terra roxa: solo extremamente fértil, possui uma coloração avermelhada. É encontrado, especialmente, na região Sul, oeste do Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Goiás. A terra roxa é resultado da decomposição de rochas compostas de basalto, que tem origem vulcânica. Isso prova que em um passado remoto já houve derramamento de lavas nas áreas citadas.
• Massapé: é um tipo de solo caracterizado pela elevada fertilidade, possui cor escura em razão de sua formação ser proveniente da decomposição de rochas, como gnaisses escuros, calcários e filitos.
• Salmorão: é um tipo de solo constituído a partir da decomposição de rochas graníticas e gnaisses claros. É encontrado, principalmente, no Centro-Sul do Brasil.
• Aluviais: é um tipo de solo identificado em todos os pontos do Brasil, é formado a partir do acúmulo de sedimentos em várzeas, vales e etc.
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