sexta-feira, 2 de julho de 2010

Estrutura Interna da Terra

A Terra é formada por diferentes camadas:

  • a crosta, feita de materiais mais leves
  • o manto, camada intermediária
  • o núcleo, formada de materiais mais densos e pesados

A crosta, camada mais externa, pode ser separada didaticamente em crosta oceânica e crosta continental. Uma outra divisão permite distinguir a litosfera, uma camada rochosa que mede entre 70 e 100 km de profundidade e que inclui a crosta oceânica e continental e parte do manto superior. A litosfera é formada por placas rígidas e móveis, as placas tectônicas, que desliza sobre a astenosfera, onde o material está em estado de semifusão. Mais abaixo da litosfera e da astenosfera temos a mesosfera. A endosfera é aparte mais ao centro, formada por níquel e ferro (NiFe).

Camadas da Terra

Camadas da Terra

A crosta, camada mais externa, é formada por rochas e minerais. Rochas são um agregado natural composto de alguns minerais ou de um único mineral. Minerais são compostos sólidos e cristalinos de elementos químicos. Quanto a sua origem, uma rocha pode ser cristalina (magmática), sedimentar ou metamórfica. Rochas cristalinas são as que, como o nome indica, geralmente formam cristais no processo de solidificação do magma. O magma pode solidificar-se no interior ou no exterior da terra, sendo então as rochas cristalinas divididas em intrusivas (plutônicas) e extrusivas (vulcânicas). As rochas cristalinas extrusivas são as que se formam na expulsão do magma, e como exemplo temos o basalto e a obsidiana. Devido à velocidade com que se expelem, não é possível a formação de macrocristais. As rochas cristalinas intrusivas são as formadas pelo resfriamento lento do magma no interior da Terra, o que possibilita a formação de cristais visíveis. São exemplos o granito e o diorito.

Basalto

Basalto

Granito

Granito

Rochas sedimentares são, como o nome indica, formadas a partir da compactação de sedimentos oriundos da erosão, do transporte e da deposição de minerais. São rochas sedimentares a areia, o calcário (usado na correção do pH do solo para a agricultura, na produção de giz e na fabricação de vidro) e o arenito.

As rochas metamórficas (de metamorfose, transformação) são rochas outrora cristalinas, sedimentares ou metamórficas que, pela ação do calor ou da pressão do interior da Terra, adquiriram estrutura diversa da original. O gnaisse (o Pão-de-Açúcar, no Rio de Janeiro, é uma formação rochosa em gnaisse) e o mármore são exemplos de rochas metamórficas.

Chama-se estrutura geológica o conjunto de diferentes rochas de um lugar e os processos por elas sofridos, o que dá a cada terreno uma configuração ímpar. Há três tipos básicos de estutura geológica na crosta terrestre: escudos cristalinos (crátons), bacias sedimentares e faixas orogênicas (de montanhas).

Crátons são rochas cristalinas e metamórficas muito antigas, das eras Pré-Cambriana e Paleozóica. Apresentam-se sempre desgastados e por isso com baixas atitudes, em função do longo processo erosivo a que estiveram expostos. Quando expostos à erosão, levam o nome de escudos. Quando recobertos por terrenos sedimentares, são chamados de embasamentos cristalinos.

Bacias sedimentares são o resultado da acumulação gradual de sedimentos nas depressões existentes nos escudos. Temos bacias originadas no Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico (era atual).

Forças internas (dobramentos) também são capazes de produzir cadeias de montanhas, ou faixas orogênicas. Há dois tipos de dobramentos, quanto à antiguidade: os dobramentos antigos, como o movimento laurenciano, do período Pré-Cambriano, que deu origem às serras do Mar e da Mantiqueira no Brasil e os modernos, que não constam no território brasileiro e deram origem às mais altas cadeias de montanhas existentes na Terra, como os Andes e o Himalaia.

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