quarta-feira, 28 de março de 2012

Desertos do Mundo

Deserto do SaaraOs desertos são regiões geográficas com baixíssima umidade do ar. Esse clima acontece pela falta de água na superfície da terra ou pelo congelamento da mesma, quando sob baixas temperaturas. O processo de evapotranspiração, que resulta na transferência de toda a água da superfície para o solo mais a água usada nos processos vitais das plantas, é medido de acordo com a quantidade de agua gasta/a quantidade de chuva que potencialmente cairá na área. Esses são alguns dos maiores desertos do mundo:

1º: Deserto Antártico (Polo Sul do planeta)

Deserto AntarticoO grande deserto antártico tem quase 14 milhões de quilômetros quadrados de extensão. Esse tipo de deserto se forma por causa da baixíssima temperatura, que não deixa a água sair de seu estado sólido. Quando não se evapora água, não há chuvas. A temperatura mais baixa atingida nesse deserto foi de -89,2ºC, no ano de 1983.

2º Deserto Ártico (Polo Norte do planeta)

Deserto ArticoO segundo maior deserto do mundo também é um dos polos, e também é feito por um grande oceano congelado e coberto por neve. Sua área é um pouco menor que a do deserto Antártico, mas também quase atinge os 14 milhões de quilômetros quadrados. Já a temperatura é menos baixa, com médias de -40ºC. A temperatura mais baixa registrada é de -68ºC.

3º Deserto do Saara (Norte da África)

Deserto do SaaraEste é o maior deserto “quente” do mundo. Aqui, o baixo índice de evapotranspiração é decorrente não das baixas temperaturas do ar, mas sim das altas. Há muito pouca água para se evaporar, portanto não existe as nuvens necessárias para que se chova. A área total desse deserto ultrapassa os 9 milhões de quilômetros quadrados (maior que a área do Brasil, por exemplo). Aproximadamente 2,5 milhões de pessoas vivem na região do deserto. A temperatura, no início da tarde, pode chegar a 53ºC.

4º Deserto da Arábia (Arábia Saudita, Síria, Jordânia, Omã, Iraque e Iêmen)

Deserto da ArabiaEsse deserto possui uma gigante biodiversidade em sua fauna. Porém, devido à atividades de caça, essa variedade já está comprometida, e várias espécies estão entrando em extinção. As temperaturas variam entre 45ºC no verão e 5ºC no inverno. Essa grande variação de temperaturas faz com que o lugar seja considerado inabitável para o ser humano. O deserto tem mais de 2 milhões de quilômetros quadrados de extensão.

5º Deserto de Gobi (China)

Deserto de GobiFoi conhecido pelo ser humano na famosa viagem de Marco Polo a pequim, no ano de 1275. O deserto é um patrimônio da arqueologia e paleontologia, devido ao número de registros fósseis que já foram encontrados na região. Foi lá que encontraram os primeiros registros de dinossauros, por exemplo. Esse deserto gera muitas tempestades de areia, decorrentes da ação dos ventos em conjunto com a grande quantidade de areia existente na região. Essas tempestades, as vezes, chegam até algumas cidades chinesas. Isso aconteceu pela última vez em 2001, na cidade de Baicheng. A extensão da área deserto de Gobi é de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Circulação Atmosférica



A zona de convergência intertropical corresponde ao espaço entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Representa a área mais quente do globo terrestre, devido a convecção (transmissão de calor) das massas de ar. Abrange parte da américa do sul e, portanto, do Brasil.

Está em constante mudança de localização, acompanhando a movimentação aparente do sol. Nos países cituados na ZCIT (zona de convergência intertropical) a amplitude térmica anual é menor que a diária. Fator esse que não ocorre nas zonas Temperadas e Glaciais.
OBS: Amplitude térmica anual é a diferença entre a temperatura mais quente do ano e a menor temperatura do ano. O mesmo com a amplitude térmica diária, porém levando-se em consideração as temperaturas do dia.
O território brasileiro caracteriza-se por temperaturas altas, exceto no sul e serras do sudeste, que apresentam temperaturas mesotérmicas ( baixas); clima tropical e amplitude térmica anual inferior a diária.
O Brasil caracteriza-se por regiões chuvosas, relativamente chuvosas, e de escassez de água. O fator determinante dos regimes de chuva é a circulação atmosférica. A célula de Hadley é o circuito de massas de ar presente no Brasil. É composta pelos ventos alísios e contra-alísios, sendo que o primeiro converge, de maneira ascendente, para o equador e o segundo, de maneira descendente, para a região subtropical.
O movimento convectivo (transmissão de calor) dos ventos alísios é representado pela MEC (massa equatorial continental). Essa massa parada e úmida (decorrente da evaporação) causa as chuvas torrenciais (dura pouco tempo, porém são fortes) de verão.

A mec atua, principalmente, no norte e centro-oeste do Brasil. No amazonas a convecção dessa massa causa chuva todos os dias. Ela possui ampla atuação no verão brasileiro, exceto no sul, e é restrita ao norte no inverno.

Os ventos contra-alísios, por sua vez, são representados pela mta (massa tropical atlântica), um vento seco que possui atuação restrita ao sul no verão e grande atuação no inverno, principalmente, no sul e sudeste. Além da mta, no inverno, se tem a mpa (massa polar atlântica), que não faz parte da célula de Hadley.

Tanto a mta quanto a mpa não causam chuvas, exceto quando são forçadas (chuvas orográficas), pois não possuem umidade. A chuva é causada pela massa que sobe carregada de umidade e condensa (do vapor para o líquido).
As chuvas orográficas ocorrem quando a mta, ao percorrer o oceano, rumo a região subtropical acaba ganhando umidade e ao se deparar com as chapadas (espécie de planalto com escarpas, ou seja, declive acentuado) são obrigadas a subir, condensando e gerando, assim, precipitações.
Constantemente ouvimos falar na previsão do tempo sobre frente fria. Essa é uma das atuações da mpa no Brasil. Essa massa entra na américa do sul e faz com que o ar quente, embaixo, vá para cima e ela, a mpa, passa a ficar embaixo, gerando a frente fria. Em locais onde a temperatura é muito quente esse fenômeno é chamado de friagem.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ventos Alísios e Contra-Alísios

Ventos Alísios    Ventos alísios são ventos que acontecem nas zonas tropicais, com ocorrência durante todo o ano. Os ventos vão no sentido de alta pressão subtropical em direção baixas pressões equatoriais, ou seja, ocorrem de nordeste para sudeste no hemisfério norte e de sudeste para noroeste no hemisfério  sul. No hemisfério norte são chamados alísios do norte e de alísios do sul, quando ocorrem no hemisfério sul. Sua seus efeitos são sentidos grandemente na América central, sendo comum sentir seus ventos nos país dessa área.

    ventos.jpgOs ventos alísios fazem parte de um grupo de ventos que ocorrem em função do aquecimento desigual da atmosfera. Esse aquecimento causa uma diferença na quantidade de energia absorvida pela atmosfera. Essa diferença tem de ser “compensada”, essa compensação acontece com a movimentação de massa de ar quente das zonas alta pressão, que são os trópicos, para asa zonas de baixa pressão na linha do equador.

    Quando os ventos chegam as áreas de baixa pressão do equador, os ventos alísios mudam de curso e ''sobem” para os níveis de pressão mais alta. Quando isso ocorre o vento perde umidade e causa um resfriamento dessas áreas com alta pressão. Ainda nas áreas de alta pressão os ventos tendem a agir no sentido contrario ao vento alísio. São os chamados ventos contra-alísios.

    Os ventos contra alísios são ventos secos que atingem as zonas tropicais do globo terrestre. A ação do ventos contra alísios nesta área explica o fato de os maiores desertos do mundo, inclusive o do Saara, ficarem nesta região. Os ventos não permitem formação de nuvens nessas áreas, com isso o sol tem mais incidência, por isso o aquecimento maior nessas áreas.

    Sendo assim os ventos alísios sopram das regiões de alta, para as regiões de baixa pressão no sentido da linha do equador. Nas regiões de baixa pressão eles vão em direção aos trópicos (os alísios sul para o trópico de capricórnio, e do alísios norte para o trópico de câncer). Enquanto os ventos alísios são ventos úmidos e causam chuvas nas áreas de atuação, além de ser o vento que proporciona o fenômeno do el Nino da La Nina. Já o vento contra alísio é um vento mais seco, e que vai dos trópicos até a região de alta pressão do equador, fazendo o ciclo dos ventos alísios.
    
    Os movimentos contínuos dos ventos alísios não são uniformes, tendo algumas variações de acordo com alguns fenômenos como, por exemplo, a rotação da terra. Causadores do El Niño, esses ventos também são responsáveis pela distribuição da energia térmica recebida pela superfície do planeta e também por levar umidade para as zonas temperadas e a ar seco e quente para os trópicos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Turismo Rural (02)



Terminologia e Conceitos
Em função de uma idéia pró-ambientalista muito em moda atualmente e da existência dos conceitos e definições oficiais, as atividades turísticas no espaço rurais, têm recebido uma proliferação de termos que fazem referência ao Turismo Rural, entre outros: Turismo de interior, turismo verde, turismo diferente, turismo alternativo, turismo rural e ecológico. A nosso ver, se levarmos em consideração o espaço onde a atividade acontece, pode dizer que o TURISMO NO ESPAÇO RURAL E NATURAL pode desenvolver as seguintes atividades turísticas:
  • Turismo Rural ou Agroturismo
  • Turismo Ecológico
  • Turismo Aventura
  • Turismo Cultural
  • Turismo Esportivo
TURISMO RURAL
É um segmento do turismo desenvolvido em áreas rurais produtivas, relacionado com o alojamento na sede da propriedade (adaptada) ou em edificações apropriadas (pousada) nas quais o turista, participa das diferentes atividades agropecuárias desenvolvidas neste espaço, quer como lazer ou aprendizado. Deve ser incluída nesta modalidade, a oferta de produtos naturais de origem local ou regional. Assim como a gastronomia típica e o conhecimento da cultura local.
TURISMO CULTURAL
Atividade turística, embasada na utilização dos recursos culturais de um território em área rural, recursos artísticos, históricos, costumes, etc. orientando-se sempre para a preservação dos mesmos


TURISMO AVENTURA
Modalidade de Turismo que utiliza o entorno Rural ou Meio Natural como recurso para produzir nos participantes, sensações de descobrimento e emoção, necessitando-se para estes objetivos, espaços pouco explorados turisticamente.

ECOTURISMO
Trata-se de uma modalidade de turismo, desenvolvida em áreas Rurais e Naturais, onde a paisagem, os recursos naturais e a biodiversidade são os principais componentes, como ponto de encontro, entre os fatores ambientais e os antrópicos, cujo objetivo, é a integração dos visitantes no meio humano e natural.
 
TURISMO ESPORTIVO
Nesta modalidade, a essência é a prática de qualquer atividade esportiva. O espetáculo Business Show e as sensações de risco, são fundamentais como apelo turístico. Utiliza-se normalmente nos espaços rurais ou naturais: vela, windsurf, tiro com arco, canoagem, raft, balonismo, esqui, rapel, pesca esportiva, hipismo, etc...
Evidentemente, cada atividade possui características próprias, mas que a depender das características geomorfológicas do espaço, estas atividades podem estar juntas sob denominação genérica de Turismo Rural. Vale ressaltar que cada atividade pode apresentar diferentes derivações ou tipologias.
A identidade de uma ou outra atividade se dará pelo grau de atratividade que ela detenha no produto final. A junção de recursos natural, da diversificação cultural e das atividades produtivas rurais, dá ao Turismo Rural Brasileiro, características ímpares.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Turismo no Campo

Turismo Rural e Natural

Introdução
Entender o que é turismo rural, implica antes de tudo, conhecer a diversificação geomorfológica do espaço rural brasileiro e da cultura do nosso homem do campo. Além disto, é preciso ligar a atividade, ao fenômeno turismo, assim como os conceitos de ócio, lazer e viagem dispersos dentro de um cenário rural. Embora sendo um país com uma diversidade tão grande, definir o que é rural no Brasil é relativamente simples, o que já não o é, para os países europeus. Ainda que a atividade de Turismo Rural no Brasil já aconteça a mais de 14 anos, não existe até a presente data, nenhuma legislação ou política de fomento a esta atividade. O processo que se que se desenvolve hoje no país, é fruto da força da mídia e da necessidade que o produtor rural em de buscar novas fontes de renda para a sua sobrevivência. Por se tratar de uma atividade de uma atividade ainda recente, há muito poucos profissionais com experiência prática nesta atividade. Conseqüentemente, poucos organismos e/ou entidades vem apoiando o desenvolvimentos rural no Brasil.
Na minha experiência, vejo a atividade do Turismo Rural, como agente promotor das seguintes funções:
  • Ser uma atividade estratégica, para preservação e a recuperação ambiental do espaço rural e natural;
  • De garantir a manutenção das atividades agrícolas tradicionais e a conseqüente manutenção da família rural no campo;
  • De formular um novo conceito de produção, com a conseqüência incrementação de receita, para o espaço rural.