segunda-feira, 26 de março de 2012

Circulação Atmosférica



A zona de convergência intertropical corresponde ao espaço entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Representa a área mais quente do globo terrestre, devido a convecção (transmissão de calor) das massas de ar. Abrange parte da américa do sul e, portanto, do Brasil.

Está em constante mudança de localização, acompanhando a movimentação aparente do sol. Nos países cituados na ZCIT (zona de convergência intertropical) a amplitude térmica anual é menor que a diária. Fator esse que não ocorre nas zonas Temperadas e Glaciais.
OBS: Amplitude térmica anual é a diferença entre a temperatura mais quente do ano e a menor temperatura do ano. O mesmo com a amplitude térmica diária, porém levando-se em consideração as temperaturas do dia.
O território brasileiro caracteriza-se por temperaturas altas, exceto no sul e serras do sudeste, que apresentam temperaturas mesotérmicas ( baixas); clima tropical e amplitude térmica anual inferior a diária.
O Brasil caracteriza-se por regiões chuvosas, relativamente chuvosas, e de escassez de água. O fator determinante dos regimes de chuva é a circulação atmosférica. A célula de Hadley é o circuito de massas de ar presente no Brasil. É composta pelos ventos alísios e contra-alísios, sendo que o primeiro converge, de maneira ascendente, para o equador e o segundo, de maneira descendente, para a região subtropical.
O movimento convectivo (transmissão de calor) dos ventos alísios é representado pela MEC (massa equatorial continental). Essa massa parada e úmida (decorrente da evaporação) causa as chuvas torrenciais (dura pouco tempo, porém são fortes) de verão.

A mec atua, principalmente, no norte e centro-oeste do Brasil. No amazonas a convecção dessa massa causa chuva todos os dias. Ela possui ampla atuação no verão brasileiro, exceto no sul, e é restrita ao norte no inverno.

Os ventos contra-alísios, por sua vez, são representados pela mta (massa tropical atlântica), um vento seco que possui atuação restrita ao sul no verão e grande atuação no inverno, principalmente, no sul e sudeste. Além da mta, no inverno, se tem a mpa (massa polar atlântica), que não faz parte da célula de Hadley.

Tanto a mta quanto a mpa não causam chuvas, exceto quando são forçadas (chuvas orográficas), pois não possuem umidade. A chuva é causada pela massa que sobe carregada de umidade e condensa (do vapor para o líquido).
As chuvas orográficas ocorrem quando a mta, ao percorrer o oceano, rumo a região subtropical acaba ganhando umidade e ao se deparar com as chapadas (espécie de planalto com escarpas, ou seja, declive acentuado) são obrigadas a subir, condensando e gerando, assim, precipitações.
Constantemente ouvimos falar na previsão do tempo sobre frente fria. Essa é uma das atuações da mpa no Brasil. Essa massa entra na américa do sul e faz com que o ar quente, embaixo, vá para cima e ela, a mpa, passa a ficar embaixo, gerando a frente fria. Em locais onde a temperatura é muito quente esse fenômeno é chamado de friagem.

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