quinta-feira, 26 de maio de 2011

TEMPESTADES DE GRANIZO



Granizo
O Fenômeno  Meteorológico

Texto extraído da Revista Criacionista Número 70

O granizo é uma ocorrência associada a condições de forte instabilidade atmosférica e bruscos movimentos convectivos, responsáveis pela formação de cúmulos-nimbos com grande concentração de cristais de gelo. O estudo da distribuição espacial desse fenômeno já permitiu obter conclusões bem conhecidas, tais como a de que:
é mais freqüente nas áreas de montanha e altos planaltos,
onde a temperatura média é mais baixa que ao nível do mar, diminuindo sua ocorrência à medida que
nos afastamos das regiões tropicais.
Procurando explicá-lo simplificadamente, o esquema seria o seguinte:

nuvens do tipo cúmulo-nimbo contêm em seu interior
um complexo mecanismo de correntes ascendentes que
se elevam até seu limite superior.
Pesquisas efetuadas em áreas temperadas demonstram que as gotículas de água de um cúmulo-nimbo, formadas em conseqüência da condensação, continuaram a se elevar impulsionadas pelas correntes ascendentes, permanecendo em estado líquido até aproximadamente a altitude de 8,5 quilômetros, onde a temperatura é da ordem de -35ºC, verificando-se, portanto, o fenômeno da superfusão.
A partir desse nível, transformam-se em cristais de gelo. Ao precipitarem-se, afluem para o nível de condensação onde tendem a aumentar por “deposição” (isto é, fixação do vapor d’água diretamente no estado sólido ou sublimação inversa), processo bem estudado pelos meteorologistas escandinavos Bergeron e Findeisen, além de outros. Tem início assim a formação do granizo.
A ação continua — os cristais aumentam de tamanho graças à coalescência, podendo ser novamente elevados pelas correntes ascendentes e, mais uma vez, retornarem ao nível de condensação onde sofrerão nova “deposição”, razão pela qual o granizo, examinado ao microscópio, e, mesmo a olho nu, mostra, freqüentemente, várias camadas de água solidificada. Atingindo um peso superior à força de arrasto provocada pelas correntes ascendentes, precipita-se ao solo, indo atingi-lo ainda em estado sólido, ocasionando o que popularmente se denomina de “chuva de pedra”, cujas conseqüências podem ser graves conforme o grau de intensidade que o fenômeno assume.

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