sexta-feira, 15 de março de 2013

CORRENTES MARÍTIMAS


Correntes oceânicas profundas - a correia transmissora mundial



Fato rápido
Uma conhecida corrente de densidade ocorre no ponto em que o Mar Mediterrâneo, mais salino, se despeja no Oceano Atlântico. Durante a Segunda Guerra Mundial, submarinos usavam essa corrente para entrar e sair do Mediterrâneo sem nem ligar os motores.
Invisível para nós, criaturas terrestres, uma corrente subaquática circunda o globo com força 16 vezes maior que a de todos os rios do planeta combinados [fonte: NOAA: "Ocean" - em inglês]. Essa corrente de águaprofunda é conhecida como correia transmissora mundial e é propelida pelas diferenças em densidade da água. Os movimentos de água gerados pela diferença de densidade são conhecidos comocirculação termossalina, porque a densidade da água depende de sua temperatura e de sua salinidade.

Densidade se refere à massa de um objeto por unidade de volume, ou a quanto ele é compacto. Uma bola de boliche, pesada e compacta, obviamente será mais densa que uma bola de praia. No caso da água, quanto mais fria e salgada, mais densa.

Nos polos do planeta, quando a água congela, o sal não necessariamente congela em sua companhia, de modo que um grande volume de água fria, densa e salgada é deixado para trás. Quando essa água densa afunda para o piso do oceano, é substituída por outras águas, e isso cria uma corrente. A água nova também esfria e afunda, perpetuando o ciclo. Incrivelmente, é esse processo que propele uma corrente de água em torno do globo.
Correntes oceânicas
© 2008 HowStuffWorks
A correia transportadora mundial começa com a água fria em torno do Polo Norte e se dirige ao sul entre a América do Sul e a África, no rumo da Antártida, em parte direcionada pelas massas terrestres que encontra. Na Antártida, ela é recarregada com mais água fria e se divide em duas direções – uma seção se encaminha ao Oceano Índico e a outra ao Oceano Pacífico. À medida que as duas seções se aproximam do Equador, se aquecem e chegam à superfície, em um exemplo de ressurgência. Quando não podem mais avançar, as duas seções retornam ao Oceano Atlântico Sul e por fim ao Oceano Atlântico Norte, onde o ciclo recomeça.

A correia transportadora mundial se move muito mais devagar do que as correntes de superfície – alguns poucos centímetros por segundo, ante dezenas ou centenas de centímetros por segundo. Os cientistas estimam que cada seção da correia transportadora demore mil anos a dar uma volta ao mundo. Por mais lenta que seja, porém, ela movimenta um imenso volume de água – mais de 100 vezes o fluxo do rio Amazonas. [fonte: NOAA: "Currents" - em inglês].


Apertando nossos cintos?
Muitos cientistas temem que o aquecimento global possa afetar a correia transportadora mundial. Caso o aquecimento global cause mais chuva, como alguns acreditam possível, a água fresca adicional reduziria o nível de salinidade nos polos. O gelo derretido, outra possibilidade do aquecimento global, também reduziria os níveis de salinidade. A despeito dos meios, o cenário final seria o mesmo: água mais quente e menos densa que não seria densa o bastante para afundar, detendo a correia transportadora mundial – com consequências amplas e devastadoras [fonte: NOAA: "Currents" - em inglês].

A correia transportadora mundial é crucial para a base da cadeia mundial de alimentação. Ao transportar água pelo planeta, ela enriquece as águas de superfície pobres em dióxido de carbono e deficientes em nutrientes, porque as conduz a camadas oceânicas mais profunda nas quais abundam esses elementos. Os nutrientes e dióxido de carbono das camadas inferiores que são distribuídos pelas camadas superiores permitem o crescimento de algas e vegetação marinha, e isso serve de sustentação a todas as forças de vida. A correia também ajuda a regular a temperatura. 

FONTE: http; www.ciencia.hsw.uol.com.b

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