terça-feira, 31 de agosto de 2010

As Faixas de Transição - Mata dos Cocais e Agreste


Mata dos cocais

É uma zona de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e as terras semi-áridas do Nordeste brasileiro.

Ela abrange, predominantemente, o Meio-Norte (sub-região formada pelos estados do Maranhão e do Piauí), mas distribui-se também pelos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte e de Tocantins.

No lado oeste, que abrange o Maranhão, o oeste do Piauí e o norte de Tocantins, a região é um pouco mais úmida devido à proximidade com o clima equatorial superúmido da Amazônia, sendo mais freqüente a ocorrência de uma espécie de palmeira, o babaçu.

Na área menos úmida, que abrange o leste do Piauí e os litorais do Ceará e do Rio Grande do Norte, predomina outra espécie de palmeira, a carnaúba.

Constitui uma formação vegetal secundária, por seu acentuado desmatamento. Desde o período colonial, a região é explorada economicamente pelo extrativismo de óleo de babaçu e a cera de carnaúba. Atualmente, porém, vem sendo desmatada pelo cultivo de grãos voltados para a exportação, com destaque para a soja.

Agreste

É a área de transição entre a Zona da Mata, região úmida e cheia de brejos, e o sertão semi-árido.

Nesta sub-região os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária leiteira. Seus produtos abastecem o maior mercado consumidor do Nordeste - A Zona da Mata.
Grande parte do Agreste corresponde ao planalto da Borborema, voltada para o oceano Atlântico, recebe ventos carregados de umidade que, em contato com o ar mais frio, provocam chuvas de relevo. Na encosta oeste do planalto, as secas são freqüentes e a paisagem desolada do Sertão se torna dominante.

O povoamento do Agreste foi conseqüência da expansão das plantações de cana da Zona da Mata.

O Agreste é uma área policultora, já que seus sítios cultivam diversos alimentos e criam gado para a produção do leite, queijo e manteiga. Por isso mesmo, uma sub-região depende da outra, estabelecendo uma forte interdependência.

As diferenças entre as duas sub-regiões não estão apenas naquilo que produzem, mas em como produzem.

Na Zona da Mata, as sesmarias açucareiras da época colonial foram se dividindo e deram origem a centenas de engenhos.
No Agreste, ao contrário, as propriedades foram se subdividindo cada vez mais, já que não cultivavam cana nem tinham engenhos.

A pobreza do Nordeste está associada a esse contraste do mundo rural. De um lado, as usinas e fazendas açucareiras da Zona da Mata concentram a riqueza nas mãos de uma pequena parcela de proprietários.

De outro, os minifúndios do Agreste mantém na pobreza as famílias camponesas, que não tem terras e técnicas suficientes para praticar uma agricultura empresarial.

Nos últimos anos vem se dando um processo de concentração de terras no Agreste, em virtude principalmente, da expansão de propriedades de criação de gado para corte.

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