A
sociedade moderna ou industrial, baseada na intensa divisão do trabalho e
presente em quase todos os países do mundo, não se desenvolve
igualmente em todas as partes. Há nações e regiões mais industrializadas
(normalmente as mais ricas) e outras voltadas para a agricultura
(geralmente as mais pobres).
Atualmente,
são raras as sociedades tradicionais ou pré-industriais. Em todas as
partes do mundo, salvo as exceções de grupos isolados que resistem ao
avanço da modernização, a atividade industrial se desenvolve, o comércio
local e o internacional se multiplicam, e o campo vai perdendo pessoas
para as cidades, que crescem em ritmo acelerado.
Dentro
da sociedade industrial, podemos distinguir dois tipos principais de
economia: a economia de mercado ou capitalista e a economia planificada
ou socialista, que atualmente se encontra em crise. As diferenças entre
ambas estão intimamente ligadas ao papel do Estado na sociedade.
A
economia de mercado: Nesse tipo de economia, a oferta e a procura de
bens e serviços definem as decisões econômicas. Por exemplo: em época de
escassez de leite, a oferta desse produto é menor que a procura pelos
consumidores, então, o preço do leite sobe; quando há excesso na oferta
de leite, seu preço tende a cair.
O
mercado, portanto, consiste na oferta (produção) e procura (consumo) de
bens e serviços. A lei da oferta e da procura, que é a lei básica do
mercado, é a seguinte: quando há desequilíbrio entre oferta e procura,
os preços sobem (no caso de maior procura) ou caem (no caso de maior
oferta), numa busca espontânea do equilíbrio, da situação ideal (isto é,
igualdade entre oferta e procura).
Quando
um produto é muito procurado (brinquedos na época do Natal, por
exemplo), as empresas produzem mais, para obter grandes lucros. Quando,
ao contrário, um produto não é aceito (ventilador numa região muito
fria, por exemplo), as empresas deixam de fabricá-lo. Assim, é o próprio
mercado que indica os produtos que devem ser fabricados, a quantidade e
o preço.
Nessa
economia a maior parte das empresas como bancos, indústrias, fazendas,
etc, é propriedade privada, isto é, pertence a particulares e não ao
Estado. A propriedade privada, condição essencial para a existência da
economia de mercado, determina um Estado menos poderoso, com um pequeno
número de empresas públicas ou estatais.
A
economia planificada: Nesse tipo de economia, as decisões econômicas são
determinadas por um plano, e não pelo mercado. As atividades econômicas
são planejadas pelo Estado, isto é, por autoridades e técnicos que
trabalham em setores estatais. Desse trabalho resulta um plano, traçado
para determinado período, que é geralmente de cinco anos (plano
quinquenal).
Para
que a economia seja planificada, é necessário que a maioria das empresas
pertença ao Estado. Este centraliza e controla todas as decisões
através das autoridades do governo. Os preços, numa economia
planificada, não obedecem à lei da oferta e da procura, mas sim às
decisões das autoridades. Por exemplo: mesmo que falte ou sobre leite, o
preço do produto permanece no que foi fixado pelo governo, sem
alteração.
Fonte: Geografia Crítica / O espaço social e o espaço brasileiro / editora ática
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