O espaço rural compreende as áreas de um território ocupadas essencialmente pelas atividades ligadas ao setor primário da economia, como a agricultura, a pecuária e as atividades extrativas, que se destinam a produção de alimentos e de matérias-primas. Esse espaço caracteriza-se ainda pela presença de vegetação nativa, como matas e campos, ou áreas de reflorestamento.
A agropecuária é um termo utilizado para denominar, conjuntamente, as atividades da agricultura e da pecuária. A agropecuária sempre ocupou um papel de destaque na economia brasileira e é uma das mais antigas atividades econômicas praticadas no país. Ela auxiliou a ocupação e o povoamento do território, com a expansão das lavouras de cana-de-açúcar e de café.
Atualmente a agricultura e a pecuária empregam juntas, cerca de 19% da população economicamente ativa brasileira e respondem a 10% do PIB anual do país. O desenvolvimento das atividades agropecuárias, visa, basicamente, produzir alimentos para a população, abastecer as indústrias com matérias-primas.
O grande volume da atividade agropecuária brasileira deve-se, em parte, ao aumento do nível tecnológico empregados nas propriedades rurais. O nível tecnológico indica o grau de modernização dos estabelecimentos rurais, ou seja, se as propriedades usam máquinas e implementos agrícolas, além de adubos e fertilizantes; se desenvolvem práticas avançadas de cultivo e criação, como o uso de sementes selecionadas e animais com melhoramento genético; se recebem assistência técnica especializada, entre outros fatores. Porém, ainda que o nível tecnológico tenha se expandido por vastas áreas rurais do território brasileiro, o setor agrário moderno convive com o setores tecnicamente mais atrasados, também denominados de tradicionais.
A agricultura tradicional apresenta as seguintes características: é praticada basicamente em médias e pequenas propriedades; destaca-se na produção de alimentos básicos como arroz, feijão, milho e mandioca; as lavouras são cultivadas com a utilização de arados de tração animal, mão-de-obra familiar e técnicas rudimentares de preparo dos solos. Caracteriza-se ainda, principalmente, pela criação de gado na forma extensiva, onde os animais são criados soltos em grandes pastAgens, sem receber muitos cuidados. Nas pequenas propriedades também é comum a criação de animais na forma tradicional, sobretudo de suínos e aves, destinados basicamente ao consumo familiar.
Já na agricultura moderna podemos destacar as seguintes características: é praticada geralmente em grandes propriedades com o cultivo de monoculturas; destaca-se a produção de gêneros destinados às industrias ou à exportação, como soja, cana-de-açúcar, laranja e café; emprega tecnologias avançadas (tratores, colheitadeiras, semeadeiras, defensivos agrícolas, adubos, sementes selecionadas). Na pecuária moderna destaca-se a criação intensiva do rebanho, ou seja, os animais ficam confinados, ocupando pequenas áreas. As criações recebem cuidados especiais, como ração balanceada, vacinação periódica, remédios contra doenças e controle do crescimento e do peso. Os animais passam por inspeções sanitárias e acompanhamento veterinário periodicamente. Os animais se desenvolvem mais rapidamente e livres de doenças. A utilização de técnicas modernas de cultivo e criação, proporcionam maior produtividade, o que significa maior rendimento da produção.
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