quarta-feira, 27 de abril de 2011

Paisagem Natural e Paisagem Modificada


Ambiente Natural e Ambiente Modificado
Ambiente natural e modificado – a calçada é trabalho do homem
O homem, ao longo de sua história, foi se adaptando ao ambiente em que vivia, conforme suas necessidades.
Como precisava de água, morava perto dos rios para poder trabalhar com a agricultura, as plantações dos alimentos, e manter condições de sobrevivência.
Dessa forma, as cidades foram sendo formadas, pois as aglomerações de homens em determinadas regiões fizeram com que as instalações das pessoas melhorassem, através da construção de casas, igrejas, locais para diversão, escolas, etc.
Para que isso fosse possível, o homem teve que modificar o ambiente natural. Dessa forma, parte da natureza foi destruída para abrir espaço para as construções.
Através das construções, foram se formando as diferentes regiões, os países, os estados e as cidades, e sempre prejudicando e destruindo a paisagem natural, por mais que o homem tentasse preservá-la.
Podemos considerar como recursos naturais o solo, a água, os seres vivos, o ar, a luz e o calor, que compõem a formação de determinado lugar.
crescimento populacional dos seres humanos contribuiu para que grande quantidade da natureza fosse destruída e isso acarretou em grandes problemas à vida do planeta.
poluição das cidades tem causado muitos problemas, como a destruição da camada de ozônio, favorecendo o aumento de doenças como o câncer e as doenças respiratórias.
Devido ao efeito estufa, temos o aumento do calor na Terra, provocando a estiagem das chuvas, o que leva à diminuição das águas dos rios.
calor excessivo tem provocado o derretimento das geleiras, aumentando as águas dos mares e oceanos, provocando catástrofes.
As cidades estão tão cheias, lotadas, que as favelas vão aumentando. Nesses locais não há condições dignas de moradia para as pessoas, sem saneamento básico, com esgotos abertos, sem água tratada, causando várias doenças.
Portanto, é melhor preservar a paisagem natural do que destruí-la, pois os ambientes modificados têm causado sérios problemas por sua alteração, e só prejudicam a qualidade de nossas vidas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bacia do Paraguai

A Bacia do rio Paraguai consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes. Esta é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. A área total da bacia é de 1.100.000 km² e abrange áreas dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul bem como três países vizinhos: Argentina, Paraguai e Bolívia.
O rio Paraguai é o principal rio deste conjunto. Nasce em território brasileiro, nas Chapadas dos Parecis, no estado de Mato Grosso com o nome de “Paraguaizinho”, e em um de seus trechos mais ao sul serve de demarcador de fronteira com a Bolívia. Seu nome é de origem guarani, e significa “um grande rio”, e mais tarde o nomdo rio batizou o país que hoje conhecemos como Paraguai. A foz do rio encontra-se no rio Paraná, sendo que a navegabilidade em suas águas é satisfatória próximo a Cáceres, Mato Grosso do Sul até a foz do rio Apa, delimitador da fronteira entre Brasil e Paraguai.
Mapa da Bacia do Rio Paraguai
A curiosidade da navegação em seu trajeto é a extrema sinuosidade de seu curso, em especial na região doPantanal, tornando viagens a distâncias relativamente próximas muito mais demoradas do que o habitual. Estima-se que da região do Pantanal até o Oceano Atlântico, seguindo o curso do rio Paraguai, leva-se cerca de seis meses de viagem.
A bacia pode ser dividida em duas regiões:
  • A região de Planalto, que abrange terras acima de 200 m de altitude;
  • A região do Pantanal (no Paraguai, o pantanal local recebe o nome de “chaco”), de terras de menos de 200m de altitude;
O Pantanal está sujeito a inundações periódicas, assumindo desse modo a função de verdadeiro “reservatório” dos rios do conjunto. As cheias da bacia ocorrem ao longo de vários meses, caracterizando um lento escoamento das águas no Pantanal. Tal fenômeno deve-se à complexa combinação das várias planícies, cujas lagoas e baías funcionam como reguladores de vazão, acumulando água e amortecendo a elevação do nível durante as cheias e cedendo águas durante a recessão.
Predominam na área os biomas do Cerrado (região de Planalto) e do Pantanal. É importante notar que as atividades agro-industriais na região, bem como a prática da mineração estão provocando o aumento de áreas desmatadas, e com isso uma gradativa erosão das mesmas. Tal prática acaba provocando o açoreamento dos rios da bacia, sendo dignos de menção os rios Taquari e São Lourenço.
O centro de maior importância na área da bacia do Paraguai é a cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso.

domingo, 24 de abril de 2011

Bacias Hidrográficas

Chamamos de bacias hidrográficas uma porção da superfície terrestre drenada por um rio principal , seus afluentes e subafluentes.
As bacias hidrográficas de um país são muito importantes, pois são elas que abastecem os reservatórios de água das cidades, chegando até nossas casasapós passar pelas estações de tratamento; irrigam as plantações; é retirada a energia elétrica, através das usinas; servem como eixos de circulação para canoas, balsas, barcos, navios, etc.; trazendo grandes benefícios para a população.

Bacias Hidrográficas do Brasil
O Brasil é um país muito rico na sua rede fluvial e em quantidade de água.Temos muitos rios espalhados por todo o território brasileiro, que originam as quatro principais bacias hidrográficas do país: a Amazônica, a Platina, a Tocantins-Araguaia e a bacia do São Francisco.
Além dessas, temos três bacias secundárias, formadas pela bacia do Nordeste e bacia do Amapá; bacia do Leste; e Bacia Sudeste-Sul.
O planejamento ambiental e hídrico do país é feito através do CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que definiram nossas bacias através das cinco regiões do país.
Até 2003 a hidrografia do Brasil era dividida em sete microrregiões. Hoje, as áreas somam doze microrregiões hidrográficas, segundo a Resolução número 32, do CNRH, aprovada em 15 de outubro do mesmo ano.
A estrutura hídrica de um país caracteriza também o tipo de clima, do solo e da vegetação que o mesmo possui. Em nosso país, o clima predominante é o tropical, com florestas densas e biodiversidade bem variada.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

RIO PARANÁ


 O Rio Paraná é Formado pela confluência dos rios Paranaíba e Grande, o Rio Paraná é o segundo rio em extensão na América do Sul e o décimo do mundo em vazão.
Sua bacia abrange mais de 10% do território nacional incluindo parte dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Seus principais tributários são os rios Tietê, Paranapanema, Iguaçu e Paraguai.
Entre os municípios de Guaíra e Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, ocupa 170 quilômetros de trecho contíguo aos territórios brasileiro e paraguaio, onde foi formado o Reservatório para o aproveitamento hidrelétrico de Itaipu.

A jusante de Itaipu, segue seu curso fazendo divisa entre Argentina e o Paraguai até receber seu maior afluente, o Rio Paraguai, formando juntamente com o Rio Uruguai a Bacia do Prata.


















Bacia Hidrográfica do Paraná
A rede hidrográfica do território paranaense que drena suas águas diretamente no Reservatório de Itaipu é denominada Bacia do Paraná III. Com 8.000km2 e podendo ser subdividida em 13 sub-bacias essa área envolve total ou parcialmente os municípios de Altônia,Cascavel, Céu Azul, Diamante do Oeste, Entre Rios do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Itaipulândia, Marechal Candido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Pato Bragado, Quatro Pontes, Ramilândia, Santa Helena, Santa Teresa do Oeste, Santa Teresinha de Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo e Vera Cruz do Oeste.
Entre os rios que formam a bacia podemos destacar o São Francisco que nasce em Cascavel, o Guaçu, que nasce em Toledo, o São Francisco Falso, que nasce em Céu Azul, o Ocoí, que nasce em Matelândia; além do São Vicente e Passo Cuê.
Cerca de 900.000 pessoas habitam os 28 municípios que a compõem, destacando-se quatro deles com populações entre 70 e 260 mil habitantes.
Relativamente ao IDH-M, os índices situam-se entre 0,850 e 0,676 e o saneamento básico atende pouco mais de 50% das maiores aglomerações, com índices precários nos pequenos centros urbanos.
A economia baseia-se no setor primário, com alguns focos de forte industrialização e concentração turística na parte sul, região da tríplice fronteira com a Argentina e Paraguai.

TIRADENTES

Reprodução
O alferes Joaquim José, em retrato de W. Rodrigues
O dia 21 de abril é feriado nacional. Trata-se de uma homenagem que o Brasil presta ao sacrifício de Joaquim José da Silva Xavier, que foi enforcado e esquartejado, a 21 de abril de 1792, devido a seu envolvimento com a Inconfidência Mineira - um dos primeiros movimentos organizados pelos habitantes do território brasileiro, no sentido de conseguir a independência do país em relação a Portugal.

Vale a pena saber exatamente porque se presta essa homenagem a Tiradentes. No século 18, o Brasil era uma colônia portuguesa que gerava grandes lucros para sua metrópole, em função do ouro e dos diamantes que haviam sido descobertos na região que ficou conhecida como a das Minas Gerais. Essa região tornou-se o centro econômico e cultural do país. Nela surgiram várias cidades ricas e importantes, como Vila Rica (atual Outo Preto), São João Del Rei e Sabará.

Portugal explorava o ouro brasileiro, mas nem todas as pessoas ligadas ao garimpo pagavam os impostos que a metrópole cobrava. Também havia muito contrabando das riquezas minerais. Além disso, essas riquezas não eram infinitas e começaram a se tornar escassas. O governo português, porém, acreditava que a diminuição no volume de seus lucros com a mineração se devia ao contrabando e à sonegação dos brasileiros. Por isso, começou a aumentar os impostos e tomar medidas repressivas contra os naturais da terra.

Desse modo, os brasileiros se revoltaram e isso aconteceu quase na mesma época em que os Estados Unidos se tornaram independentes da Inglaterra. Ao mesmo tempo, na Europa, filósofos e pensadores criticavam a monarquia e o poder absoluto dos reis. Tudo isso influenciou as elites de Minas Gerais e as levou a conspirar em prol da Independência. A maioria dos conspiradores eram homens ricos e cultos como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

Pobre, somente o Tiradentes, que era um simples alferes (cargo militar semelhante ao de tenente), e que tinha esse apelido por exercer também o ofício de dentista. Entretanto, era ele quem saía às ruas, procurando conquistar a adesão do povo ao movimento. Resultado, durante o julgamento, todos os que tinham posses conseguiram escapar da pena máxima, trocando-a pela prisão ou pelo exílio.

Quanto a Tiradentes, acabou condenado à morte e ao esquartejamento, para que as partes de seu corpo ficassem expostas ao público, de modo a desencorajar outras tentativas de rebelião. Executado como um criminoso, Tiradentes se transformou no primeiro herói brasileiro, logo após a nossa Independência, em 1822.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bacia do Tocantins-Araguaia


Bacia do Tocantins-Araguaia
Sendo a única bacia hidrográfica totalmente brasileira, a bacia do Tocantins-Araguaia é formada pelos rios de mesmo nome, localizados na região centro-oeste do país.
A extensão de sua área é de 967 mil km2, percorrendo os Estados de Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Maranhão e Pará, passando também pelo Distrito Federal.
O rio Tocantins é formado pelo rio Paraná e pelo rio Maranhão, sua extensão é de 2.500 km, até desaguar no estuário do Amazonas.
O potencial hidrelétrico da bacia é grande, estando entre as três principais do país, através da usina de Tucuruí, a hidrelétrica totalmente brasileira.
Decurso dos rios Araguaia e Tocantins
No rio Araguaia está localizada a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundoque suporta transportes hidroviários, mantendo a navegação cargueira e turística, o que movimenta parte da economia do país e da região.
Sua nascente está na Serra dos Caiapós, tendo grande parte de seu curso paralelo ao rio Tocantins. Apresenta grandes trechos em quedas d’água, com cachoeiras volumosas, mesmo sendo um rio de planície.
De abril a setembro, a bacia do Tocantins-Araguaia tem seu volume de água diminuído, em consequência da época da seca na região central do país. Com isso, formam-se belíssimas praias naturais, tornando-se grande atrativo para as férias de julho. A diversão no rio Araguaia fica por conta dos acampamentos que são montados nas praias, sendo possível encontrar ambientes de estruturas confortáveis e luxuosas.
No período das chuvas, o volume de suas águas volta ao normal, em razão da abundância do fenômeno, que acontece entre os períodos de outubro a março, normalizando o decurso de suas águas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bacia do São Francisco

As águas da bacia do rio São Francisco deságuam no oceano Atlântico, tendo sua nascente localizada no estado de Minas Gerais, na serra da Canastra. Essa bacia hidrográfica ocupa uma área de 640 mil quilômetros quadrados, estando presente nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
O principal rio é o São Francisco. A imensidão das águas desse rio é tão grande que, além de ser considerado uma bacia hidrográfica, abastece terras de 521 municípios brasileiros. Isso acontece através de um percurso de 2.830 km, onde, ao longo de sua extensão, abrem-se cerca de 168 afluentes.
A bacia do São Francisco é totalmente brasileira, pois tanto seu rio principal como seus afluentes nascem e deságuam no páis.

Percurso das águas do Rio São Francisco
Possui grande potencial hidrelétrico, sendo responsável pelo abastecimento de energia na região Sudeste e Nordeste do paísSuas principais usinas são a de Três Marias (MG), Sobradinho e Paulo Afonso (BA), sendo que todas são pertencentes à rede de Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).
O Velho Chico (apelido que recebera) tem em seu percurso a formação de lindas cachoeiras, pois é um rio de região de planalto. A cachoeira de Paulo Afonso é a queda d’água mais importante, em razão de seu imenso volume. 
As águas da bacia do São Francisco se deslocam no sentido do sul para o norte, o que o caracteriza como rio da unidade nacional ou rio da integração.
O rio é também conhecido como o “Nilo Brasileiro”, pois serviu de motivação para o início da popularização em várias regiões, trazendo benefícios para as plantações e melhores condições de vida. Além disso, ambos estão localizados em regiões de clima árido.

sábado, 16 de abril de 2011

Bacia do Uruguai

A Bacia do rio Uruguai consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Uruguai e seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território brasileiro. Tal bacia é uma das doze regiões hidrográficas do país, abrangendo 384 municípios.
Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral, a 65 km a oeste do Oceano Atlântico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai.
Formado então pelos rios Pelotas e Canoas, o rio Uruguai serve como divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta é ainda responsável por delimitar a fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai e deságua no Oceano Atlântico após percorrer uma trajetória de 1400 km, fazendo com que este rio seja talvez o maisimportante da hidrografia do sul do Brasil.
bacia do Uruguai é reconhecida pelo grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo.
As atuais bacias hidrográficas da Região Sul do Brasil aparentemente começaram a se formar no período denominado Terciário Inferior, com a instalação de condições climáticas de maior umidade. A rede de drenagem dessa região, após sua gênese e evolução, influenciada em parte pelos fatores estruturais e emoldurada pelos aspectos geomorfológicos, apresenta-se distribuída por duas grandes bacias hidrográficas: a do Paraná e a do Uruguai e por múltiplas sub-bacias de pequeno e médio portes.
Convenciona-se classificar os trechos do rio Uruguai em:
  • superior: é o trecho da junção entre os rios Pelotas e Canoas até a foz do rio Piratini;
  • médio: corresponde ao trecho da foz do rio Piratini até a cidade de Salto, no Uruguai;
  • inferior: o trecho final do rio, de Salto até Nueva Palmira, Uruguai, diante da foz do Rio da Prata;
Temos como importantes fontes de contaminação do lençol aquífero da bacia os dejetos resultantes das atividades de suinocultura e avicultura e os agentes agrotóxicos utilizados nas áreas de prática da rizicultura (cultura de arroz).
A navegação nos rios da bacia é viável somente no trecho inferior, partindo da foz do Prata. À medida que se sobe o rio, a navegação torna-se gradualmente inviável. Até a região de Salto temos a navegação de pequenas embarcações; acima desse ponto, torna-se a navegação dificultosa pela presença de rápidos e corredeiras. Um pouco mais acima deste ponto, entre São Borja e Uruguaiana pratica-se a navegação, porém com embarcações de pequeno porte.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)

"Anos dourados" e Brasília


Divulgação/Senado Federal
Juscelino em inauguração de uma das muitas obras de seu Plano de Metas
Na eleição presidencial de 1955, o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) se aliaram, lançando como candidato Juscelino Kubitschek para presidente e João Goulart para vice-presidente. A União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Democráta Cristão (PDC) disputaram o pleito com Juarez Távora.

Também concorreram os candidatos Adhemar de Barros e Plínio Salgado. Juscelino Kubitschek venceu as eleições. O vice-presidente Café Filho havia substituído Getúlio Vargas na presidência da República.

Porém, antes de terminar o mandato, problemas de saúde provocaram o afastamento de Café Filho. Quem assumiu o cargo foi o presidente da Camara dos Deputados, Carlos Luz.

A ameaça de golpe

Rumores de um suposto golpe, tramado pelo presidente em exercício Carlos Luz, por políticos e militares pertencentes a UDN contra a posse de Juscelino Kubitschek fizeram com que o ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott, mobilizasse tropas militares que ocuparam importantes prédios públicos, estações de rádio e jornais.

O presidente em exercício Carlos Luz foi deposto. Foi empossado provisoriamente no governo o presidente do Senado, Nereu Ramos, que se encarregou de transmitir os cargos a Juscelino Kubitschek e João Goulart, a 31 de janeiro de 1956. A intervenção militar assegurou, portanto, as condições para posse dos eleitos.

O Plano de Metas

O governo de Juscelino Kubitschek entrou para história do país como a gestão presidencial na qual se registrou o mais expressivo crescimento da economia brasileira. Na área econômica, o lema do governo foi "Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo".

Para cumprir com esse objetivo, o governo federal elaborou o Plano de Metas, que previa um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, álcalis, papel e celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico.

O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no transcurso da gestão governamental a economia brasileira registrou taxas de crescimento da produção industrial (principalmente na área de bens de capital) em torno de 80%.

Desenvolvimento e dependência externa

A prioridade dada pelo governo ao crescimento e desenvolvimento econômico do país recebeu apoio de importantes setores da sociedade, incluindo os militares, os empresários e sindicatos trabalhistas. O acelerado processo de industrialização registrado no período, porém, não deixou de acarretar uma série de problemas de longo prazo para a econômica brasileira.

O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da emissão monetária e da abertura da economia ao capital estrangeiro. A emissão monetária (ou emissão de papel moeda) ocasionou um agravamento do processo inflacionário, enquanto que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerou uma progressiva desnacionalização econômica, porque as empresas estrangeiras (as chamadas multinacionais) passaram a controlar setores industriais estratégicos da economia nacional.

O controle estrangeiro sobre a economia brasileira era preponderante nas indústrias automobilísticas, de cigarros, farmacêutica e mecânica. Em pouco tempo, as multinacionais começaram a remeter grandes remessas de lucros (muitas vezes superiores aos investimentos por elas realizados) para seus países de origem. Esse tipo de procedimento era ilegal, mas as multinacionais burlavam as próprias leis locais.

Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da política desenvolvimentista.

O programa de obras públicas e a construção de Brasília

A gestão de Juscelino Kubitschek também foi marcada pela implementação de um ambicioso programa de obras públicas com destaque para construção da nova capital federal, Brasília. Em 1956, já estava à disposição do governo a lei nº 2874 que autorizada o Executivo Federal a começar as obras de construção da futura capital federal.

Em razão de seu arrojado projeto arquitetônico, a construção da cidade de Brasília tornou-se o mais importante ícone do processo de modernização e industrialização do Brasil daquele período histórico. A nova cidade e capital federal foi o símbolo máximo do progresso nacional e foi considerada Patrimônio Cultural da Humanidade.

O responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília foi Oscar Niemeyer, que criou as mais importantes edificações da cidade, enquanto que o projeto urbanístico ficou a cargo de Lúcio Costa. Por conta disso, destacam-se essas duas personalidades, mas é preciso ressaltar que administradores ligados ao presidente Juscelino Kubitschek, como Israel Pinheiro, Bernardo Saião e Ernesto Silva também foram figuras importantes no projeto. As obras de construção de Brasília duraram três anos e dez meses. A cidade foi inaugurada pelo presidente, a 21 de abril de 1960.

Denúncias da oposição

A gestão de Juscelino Kubitschek, popularmente chamado de JK, em particular a construção da cidade de Brasília, não esteve a salvo de críticas dos setores oposicionistas. No Congresso Nacional, a oposição política ao governo de JK vinha da União Democrática Nacional (UDN).

A oposição ganhou maior força no momento em que as crescentes dificuldades financeiras e inflacionárias (decorrentes principalmente dos gastos com a construção de Brasília) fragilizaram o governo federal. A UDN fazia um tipo de oposição ao governo baseada na denúncia de escândalos de corrupção e uso indevido do dinheiro público. A construção de Brasília foi o principal alvo das críticas da oposição. No entanto, a ação de setores oposicionistas não prejudicou seriamente a estabilidade governamental na gestão de JK.

Governabilidade e sucessão presidencial

Em comparação com os governos democráticos que antecederam e sucederam a gestão de JK na presidência da República, o mandato presidencial de Juscelino apresenta o melhor desempenho no que se refere à estabilidade política. A aliança entre o PSD e o PTB garantiu ao Executivo Federal uma base parlamentar de sustentação e apoio político que explica os êxitos da aprovação de programas e projetos governamentais.

O PSD era a força dominante no Congresso Nacional, pois possuía o maior número de parlamentares e o maior número de ministros no governo. O PSD era considerado um partido conservador, porque representava interesses de setores agrários (latifundiários), da burocracia estatal e da burguesia comercial e industrial.

O PTB, ao contrário, reunia lideranças sindicais representantes dos trabalhadores urbanos mais organizados e setores da burguesia industrial. O êxito da aliança entre os dois partidos deveu-se ao fato de que ambos evitaram radicalizar suas respectivas posições políticas, ou seja, conservadorismo e reformismo radicais foram abandonados.

Na sucessão presidencial de 1960, o quadro eleitoral apresentou a seguinte configuração: a UDN lançou Jânio Quadros como candidato; o PTB com o apoio do PSB apresentou como candidato o marechal Henrique Teixeira Lott; e o PSP concorreu com Adhemar de Barros.

A vitória coube a Jânio Quadros, que obteve expressiva votação. Naquela época, as eleições para presidente e vice-presidente ocorriam separadamente, ou seja, as candidaturas eram independentes. Assim, o candidato da UDN a vice-presidente era Milton Campos, mas quem venceu foi o candidato do PTB, João Goulart. Desse modo, João Goulart iniciou seu segundo mandato como vice-presidente.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Movimento Hippie da Década de 60


Movimento Hippie

          Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se convencionou chamar movimento de contracultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases ideomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual criticava o uso de armas nucleares.
Jovem músico hippie com trajes típicos da época.

          As questões ambientais, a prática de nudismo, e a emancipação sexual eram idéias respeitadas recorrentemente por estas comunidades.
          Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam aspectos de religiões como o budismo, hinduismo, e/ou as religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade.
          Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais, usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher".
          Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo dos centros urbanos tradicionais.
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental que, a partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. Seu principal símbolo era o Mandala (Figura circular com 3 intervalos iguais).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As paisagens climáticas terrestres

As paisagens climáticas da terra

Devido à latitude que um continente se encontra ele é dividido em dois mundos: Mundo Temperado e Mundo Tropical, isso só ocorre após examinar as condições naturais nos elementos climáticos de um continente.





De acordo com a suas temperatura. e umidades os climas podem se qualificar como climas úmidos e climas secos.

Dentro do clima úmido, de acordo com sua temperatura podem ser:

* Quentes / Tropical - tanto equatorial como tropical.

* Temperados - são climas de latitude média, sendo oceânicos ou continentais.

* Subtropicais - denominam-se assim os climas de transição.


Dentro dos climas quentes, de acordo com sua temperatura podem ser:

*  Áridos ou Desérticos
*  Semi-Áridos.


Vejamos nos quadros abaixo os tipos de climas e suas características. Clima Polar

Pouco sol no verão e nada no inverno, não há concentração de calor, as temperaturas são baixas e podem chegar somente até 10° e por esse motivo, as regiões polares ficam constantemente cobertas por gelo e neve. 

Clima Temperado


Este tipo de clima pode aparecer nas quatro estações do ano, e ele se divide em: * Marítimo: onde as temperaturas são constantes.
* Continental: verões quentes e invernos frios e secos. Clima Mediterrâneo


Neste clima o inverno é mais ameno, porém mais chuvoso, já o verão é mais quente e seco. Normalmente as chuvas ocorrem no inverno e no outono.

Clima Tropical


Este clima costuma ocorrer no verão, onde ocorrem às chuvas e no inverno, mais brando e seco, ele é mais comum nos territórios brasileiros, apresentando assim uma temperatura mais elevada o ano todo.

Clima Equatorial

Ocorre na faixa equatorial, as chuvas são mais freqüentes e sua temperatura anual é maior do que 24°C.

Clima Subtropical

Neste clima a presença das chuvas são mais freqüentes, os verões são bem mais quentes e o inverno bem mais frio. 
Clima Desértico

Baixo índice pluviométrico apresenta temperaturas maiores que 40°C, porém à noite pode chegar até 0°C, predominando o inverno.

Clima semi-árido


É o clima onde apresenta poucas chuvas, e além de tudo são mal distribuídas. 
Mundos:

Temperado 
Sua maior parte se encontra na américa do norte, America do sul, Ásia e por quase toda europa, no norte e sul da África e pedaços do sul e sudeste da Austrália, que são trechos estreitos e longos. Sua temperatura varia de 30 a 60 graus de latitude nos hemisfério norte e sul.

Tropical 

Encontra-se em regiões de baixa latitude (com exceção de montanhas e deserto onde o clima é temperado) com clima quente e úmido (chuvoso), situada na américa central e américa do sul, África, Sul e Sudeste da Ásia, Norte da Austrália e nas ilhas do Pacífico.

De acordo com a chuva podemos determinar as estações do ano: a chuvosa e seca.

Não podemos nos esquecer da influência que o homem vem tendo dia após dia nas modificações da natureza, causando graves mudanças em exercício do crescimento industrial, urbano e na expansão do território agrícola.

terça-feira, 12 de abril de 2011

KRAKATOA


No dia 27 de Agosto de 1883 o vulcão Krakatoa, situado entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia, explodiu com uma violência inaudita. Relatos da época referem que durante um dia rochas, lava e grossas colunas de fumo foram projectadas a grandes altitudes, acompanhadas de explosões ensurdecedoras audíveis a milhares de quilómetros de distância. Geraram-se vários tsunami com ondas que atingiram os 40 metros de altura e que arrasaram tudo à sua passagem, causando a morte de mais de 36000 pessoas. O impacto no clima fez-se sentir por vários anos, notadamente no abaixamento da temperatura. Quando tudo sossegou, no local onde se erguia o terrível vulcão só havia uma enorme cratera. Durante muito tempo permaneceu assim, embora com alguma atividade vulcânica. Porém, essa atividades está aumentando e um novo monte ergue-se agora a 800 m de altura, crescendo ao ritmo de 5 m por ano.

A julgar por esta evolução, quando o atual monte atingir o tamanho do original (cerca de 2000 m de altura) e possuir então uma massa crítica considerável, a explosão será certa. O processo assemelha-se ao de um balão que vai enchendo até não conseguir reter mais ar. Neste caso, lava. Esta é, pelo menos, a opinião dos cientistas, que apenas discordam quanto à data em que ocorrerá. Também estão de acordo que uma nova explosão poderá ser ainda mais violenta que a de 1883, salientando que o vulcão tem andado extremamente ativo nos últimos tempos.

Um dos cientistas que tem seguido a evolução do Krakatoa é o italiano Marco Fulle. Como astronomo e vulcanologista experiente tem fotografado cometas e vulcões desde há vários anos. E foi nos últimos meses que Fulle registou estas imagens impressionantes do acordar do gigante adormecido...



















Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2009/08/vulcao_krakatoa.html#ixzz1IxX15xef

Fórum Social Mundial


Fórum Social Mundial - FSM

          O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento altermundialista organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global. Seu slogan é Um outro mundo é possível.
É um espaço internacional para a reflexão e organização de todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superação da dominação dos mercados em cada país e nas relações internacionais.
http://www.cameraviajante.com.br
Participantes do Fórum Social Mundial em 2005

         
A luta por um mundo sem excluídos, uma das bandeiras do I Fórum Social Mundial, tem suas raízes fixadas na resistência histórica dos povos contra todo o gênero de opressão em todos os tempos, resistência que culmina em nossos dias com o movimento irmanando milhões de cidadãos e não-cidadãos do mundo inteiro contra as conseqüências da mundialização do capital, patrocinada por organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
          O Fórum Social Mundial (FSM) se reuniu pela primeira vez na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos. Esse Fórum Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na formulação do pensamento dos que promovem e defendem as políticas neoliberais em todo mundo. Sua base organizacional é uma fundação suíça que funciona como consultora da ONU e é financiada por mais de 1.000 empresas multinacionais.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sem Terras e Sem Tetos

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST

          O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação da reforma agrária no Brasil. Teve origem na aglutinação de movimentos que faziam oposição ou estavam desgostosos com o modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, principalmente na década de 1970, o qual priorizava a colonização de terras devolutas em regiões remotas, com objetivo de exportação de excedentes populacionais e integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.
          Apesar dos movimentos organizados de massa pela reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas camponesas, associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra.
          Uma das atividades do grupo consiste na ocupação de terras improdutivas como forma de pressão pela reforma agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças não precisem ir à cidade e, desta forma, fixar as famílias no campo.
A organização não tem registro legal por ser um movimento social e, portanto, não é obrigada a prestar contas a nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social ou associação de moradores.
          O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e religiosas, do país e do exterior, interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em países em desenvolvimento. Sua principal fonte de financiamento é a própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a continuidade do movimento.
          Dados coletados em diversas pesquisas demonstram que os agricultores organizados pelo movimento têm conseguido usufruir de melhor qualidade de vida que os agricultores não organizados.
          O MST reivindica representar uma continuidade na luta histórica dos camponeses brasileiros pela reforma agrária. Os atuais governantes do Brasil tem origens comuns nas lutas sindicais e populares, e portanto compartilham em maior ou menor grau das reivindicações históricas deste movimento. Segundo outros autores, o MST é um movimento legítimo que usa a única arma que dispõe para pressionar a sociedade para a questão da reforma agrária, a ocupação de terras e a mobilização de grande massa humana.

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST

O Globo, Rio, 23 de junho de 2009
Grupo de sem-teto invade prédio desativado do INSS no Rio de Janeiro, RJ, - jun/2009
          O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e garantir moradia e a todos os cidadãos. Está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. É um movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo. Dessa constatação, duas opções de luta se abriram: trabalho e moradia.
          Estão em quase todas as metrópoles do País. São desdobramentos urbanos do MST, com um comando descentralizado. As formas de atuação variam de um movimento para outro. Em geral, as ocupações não têm motivação política, apenas apoio informal de filiados a partidos de esquerda. O objetivo das ocupações é pressionar o poder público a criar programas de moradia e dar à população de baixa renda acesso a financiamentos para a compra de imóveis.
          Atualmente, o MTST é autônomo em relação ao MST, mas tem uma aliança estratégica com esse.

domingo, 10 de abril de 2011

Movimentos Sociais

Os Movimentos Sociais no Brasil

          A análise dos movimentos sociais no Brasil revelam forte enfoque teórico oriundo do marxismo, sejam eles vinculados ao espaço urbano e/ou rural. Tais movimentos, quando se referiam ao espaço urbano possuíam um leque amplo de temáticas como por exemplo, as lutas por creches, por escola pública, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas expressou-se nos movimentos de bóias-frias (das regiões cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários.
          Cada um dos movimentos possuía uma reivindicação específica, no entanto, todos expressavam as contradições econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.
          No início do século XX, era muito mais comum a existência de movimentos ligados ao rural, assim como movimentos que lutavam pela conquista do poder político. Em meados de 1950, os movimentos nos espaços rural e urbano adquiriram visibilidade através da realização de manifestações em espaços públicos (rodovias, praças, etc.). Os movimentos populares urbanos foram impulsionados pelas Sociedades Amigos de Bairro - SABs - e pelas Comunidades Eclesiais de Base - CEBs. Nos anos 1960 e 1970, mesmo diante de forte repressão policial, os movimentos não se calaram. Havia reivindicações por educação, moradia e pelo voto direto. Em 1980 destacaram-se as manifestações sociais conhecidas como "Diretas Já".
          Em 1990, o MST e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais de professores.
          Concomitante às ações coletivas que tocam nos problemas existentes no planeta (violência, por exemplo), há a presença de ações coletivas que denunciam a concentração de terra, ao mesmo tempo que apontam propostas para a geração de empregos no campo, a exemplo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); ações coletivas que denunciam o arrocho salarial (greve de professores e de operários de indústrias automobilísticas); ações coletivas que denunciam a depredação ambiental e a poluição dos rios e oceanos (lixo doméstico, acidentes com navios petroleiros, lixo industrial); ações coletivas que têm espaço urbano como locus para a visibilidade da denúncia, reivindicação ou proposição de alternativas.
          As passeatas, manifestações em praça pública, difusão de mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves, marchas entre outros, são características da ação de um movimento social. A ação em praça pública é o que dá visibilidade ao movimento social, principalmente quando este é focalizado pela mídia em geral. Os movimentos sociais são sinais de maturidade social que podem provocar impactos conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, dependendo de sua organização e das relações de forças estabelecidas com o Estado e com os demais atores coletivos de uma sociedade.