População urbana
Atualmente, a participação da população urbana
no total da população brasileira atinge níveis próximos aos dos países
de antiga urbanização da
Europa e da
América do Norte.
Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes,
cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu
aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas
cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é
agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes
do Brasil, oito moram em cidades.
Segundo a
Organização das Nações Unidas
(ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2%
e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população
brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos
absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país
na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de
29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.
O
processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu
crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da
Inglaterra, único país que se tornou urbanizado na primeira metade do
século 19, a maioria dos países europeus se tornou urbanizada entre a
segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20. Além
disso, nesses países a urbanização foi menos intensa, menos volumosa e
acompanhada pela oferta de empregos urbanos, moradias, escolas,
saneamento básico, etc.
Em nosso país, 70 anos foram suficientes
para alterar os índices de população rural e os de população urbana.
Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o
surgimento de graves problemas.
Favelização e outros problemas da urbanização
A
urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para
atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de
problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a
criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do
Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de
brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas
cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em
2020.
O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse
aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se
distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme
podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se
concentra na região
Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e
Espírito Santo.