segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Movimentos da Terra


Rotação, translação e estações do ano


Como todos os corpos do Universo, a Terra também não está parada. Ela realiza inúmeros movimentos. Os dois movimentos principais do nosso planeta são o de rotação e o de translação, cujos efeitos sentimos no cotidiano.


Rotação


O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento se faz no sentido anti-horário, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24 horas (Figura 1, abaixo). Graças ao movimento de rotação, a luz solar vai progressivamente iluminando diferentes áreas, do que resulta a sucessão de dias e noites nos diversos pontos da superfície terrestre.


Vale lembrar que, durante o ano, a iluminação do Sol não é igual em todos os lugares da Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua rotação, tem uma inclinação de 23o 27, em relação ao plano da órbita terrestre.

O movimento aparente do Sol - ou seja, o deslocamento do disco solar tal como observado a partir da superfície - ocorre do leste para o oeste. É por isso que, há milhares de anos, o Sol serve como referência de posição: a direção onde ele aparece pela manhã é o leste ou nascente - e a direção onde ele desaparece no final da tarde é o oeste ou poente.


Translação


Já o movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra percorre um caminho - ou órbita - que tem a forma de uma elipse.


A velocidade média da Terra ao descrever essa órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo necessário para completar uma volta é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos.


Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado "ano". O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo real do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto.



Estações do ano


As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e solstício, que veremos a seguir (Figura 2, abaixo).

Para se observar onde e com que intensidade os raios solares incidem sobre os diferentes locais da superfície terrestre, toma-se como ponto de referência a linha do Equador.
As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).


Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Da mesma maneira, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em função da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.


Durante o inverno, as noites são tanto mais longas quanto mais o Sol se afasta da linha do Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas diminuírem. Já durante o verão, os dias são tanto mais longos quanto mais o Sol se aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Por isso, as temperaturas se elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração.



Equinócio


No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra. Daí o nome "equinócio" (noites iguais aos dias). Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio de outono.

No dia 23 de setembro, ocorre o contrário: é o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de outono no hemisfério norte.



Solstício


Os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério norte. Nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que marcam o início do verão. Enquanto isto, no hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria.

Já no dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente perpendiculares ao trópico de Capricórnio, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério sul. É o solstício de verão no hemisfério sul. Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz solar que a parte norte, propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério norte, acontece a noite mais longa do ano. É o início do inverno.









Vale ressaltar que as datas utilizadas na determinação do começo e do final de cada estação do ano (21/3; 21/6; 23/9; 21/12) são convencionais. Foram selecionadas para efeito prático, pois, na verdade, a interferência de diversos fatores tende a alterar esses dias, para mais ou para menos, a cada determinado período de tempo.

A estação se inicia, verdadeiramente, quando o planeta Terra e o Sol estão numa posição em que os raios solares incidem perpendicularmente a linha do Equador (primavera e outono) ou a um dos trópicos (verão e inverno).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sexta Feira

Hoje é sexta feira, Noite de Natal, bem que nós merecemos tomar um CERVEJÃO.

Feliz Natal

Feliz Natal

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Solstício e Equinócio

Chegou o Verão; começou ontem dia 21 de Dezembro a estação mais quente e esperada do ano.

O início das estações do ano





O raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer (no hemisfério Norte) em 21 de junho e, no trópico de Capricórnio (no hemisfério Sul), em 21 de dezembro. Quando o Sol atinge o ponto mais baixo no céu em relação à Terra, ocorre um fenômeno chamado solstício de verão, que marca a chegada dessa estação. No solstício de verão, verificam-se o dia mais longo e a noite mais curta do ano.

Já quando o Sol atinge seu ponto mais alto em relação à Terra ocorre o solstício de inverno que marca o começo da estação fria. No hemisfério Sul, observa-se a entrada do inverno no dia 21 de junho e, no hemisfério Norte, no dia 21 de dezembro. No solstício de inverno, acontecem a noite mais longa e o dia mais curto do ano.

Outro fenômeno a ser mencionado é o equinócio que ocorre quando os raios solares atingem a Terra perpendicularmente sobre a linha do Equador. Em 21 de março, no hemisfério Norte, ocorre o equinócio de primavera, e, no dia 23 de setembro, ocorre o equinócio de outono. Durante o equinócio, o dia e a noite tem a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra (12 horas).


Ano civil e sideral

Com a palavra "ano", designamos o tempo que a Terra demora para girar em torno do Sol. Mas podemos falar em dois "tipos" de ano: 1) o ano civil, adotado por convenção, para regulamentar e regularizar as atividades humanas, com duração estabelecida em 365 dias; 2) o ano sideral ou astronômico, isto é o tempo real do movimento de translação, que possui 365 dias, cinco horas, 49 minutos e dois segundos, ou seja, arredondando mais seis horas a cada ano civil.

Para sincronizar o ano civil com o ano sideral, às seis horas deixadas de lado são somadas de quatro em quatro anos civis, perfazendo um total de 24 horas ou um dia. Esse dia é acrescentado a fevereiro, o menor dos meses. Ou seja, é como se fizéssemos uma correção do ano civil de quatro em quatro anos para fazê-lo coincidir com o sideral. O ano de 366 dias, com o 29 de fevereiro, recebe o nome de ano bissexto.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Dicas para o Vestibular UERN - Parte II


§ Hotspots, São áreas que conjugam duas características: grande biodiversidade e alto grau de ameaça de destruição, por diferentes agressões e ocupações do espaço. O Brasil apresenta dois dos 25 mais importantes hotspots, A Mata Atlântica e os Cerrados.
§ O chamado efeito estufa é um sistema natural de aquecimento indireto da atmosfera e que vem sendo agravado com a emissão de CO2 a partir da queima de combustíveis fósseis e que pode ter como conseqüência o aumento do nível dos oceanos.
§ Em áreas urbanas colinosas, a urbanização tem colaborado para a ocorrência de deslizamentos de terras nas encostas.
§ A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende por cerca de 800 quilômetros abaixo do leito do mar, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo localizado nesta área encontra-se em profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo os geólogos, conservam a qualidade do produto.
§ A descoberta recente pela Petrobrás, de grandes reservas de petróleo e gás natural, no campo de Tupi, na bacia de Santos poderá, segundo o Governo brasileiro, tornar o país, um grande exportador de petróleo. Contudo, esta reserva se encontra localizada a uma profundidade ainda não explorada economicamente pela empresa.
§ Uma das possíveis soluções para o lixo orgânico domiciliar é seu retomo ao solo na forma de adubo, para o lixo inorgânico a solução ideal é a coleta seletiva que possibilite reciclar grande parte do lixo como matéria-prima para a indústria, já a solução racional para o lixo orgânico seria a produção de gás metano a partir desses resíduos.
§ A concentração da propriedade da terra é característica da economia rural brasileira, tendo se acentuado a partir da criação das Capitanias Hereditárias e foi ratificada com a Lei de Terras de 1850.
§ Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando como um grande exportador de produtos agrícolas, resultado do excepcional desenvolvimento do agronegócio em nosso país. Embora gere grande produção e rentabilidade, é caracterizado pelo latifúndio e pela mecanização da agricultura, o que resulta em desemprego no campo, conflitos e ocupações de terras, além de êxodo rural;
§ A produção de biocombustíveis tem atraído críticas, sob a argumentação de que espaços são roubados à produção de alimentos.
§ O programa nuclear Iraniano e Norte Coreano chama a atenção da comunidade internacional, pois os dois países se negam a receber visita de inspetores de armas nucleares da ONU.
§ A Amazônia se destaca cada vez mais no cenário internacional, pelo desmatamento, conflitos fundiários, questão indígena, biopirataria, questão ambiental e pelos projetos governamentais( SIVAM, SIPAM),
§ A energia nuclear é uma das alternativas à substi­tuição das fontes convencionais de energia, mas os gastos na montagem do projeto são elevados.
§ O Brasil se destaca atualmente na produção de biodiesel, proveniente da mamona, girassol, dendê, pinhão manso, pinhão bravo, soja, babaçu, além de etanol a base de cana-de-açúcar.

Dicas para o Vestibular UERN

§ O Nordeste brasileiro, principalmente as áreas sub-úmidas e semi-áridas, é uma região que apresenta condições favoráveis à produção de energia solar.
§ O Protocolo de Kyoto institui o chamado comércio de emissões, pelo qual, dentro de determinados limites, um país desenvolvido pode comprar créditos-carbono de outro que já tenha cumprido a meta de redução das emissões, com isso diminuindo sua própria cota.
§ A Cisjordânia é Controlada pelo Hamas, enquanto a Faixa de gaza é controlada pelo Fatah.
§ Hamas, Fatah, Jihad Islâmica e Hesbolah são grupos Para-Militares (terroristas), contrários à existência do Estado de Israel e ao processo de paz entre Árabes e Israelenses.
§ O Rio Grande do Norte Voltou a ter destaque na área de mineração com a exploração de ferro em Jucurutu e a reativação das minas de xelita em Currais Novos, além da exploração de petróleo.
§ Podemos destacar como Novas Economias no Rio Grande do Norte a apicultura, a avicultura, a caprinocultura, a avicultura, a criação dos Pólos industriais de Mossoró e do Seridó, o turismo, o pólo pesqueiro com destaque para a produção de merluza, meca, atum e sardinha, a fruticultura,.
§ O tamanho da família brasileira reduziu de 5,8 filho/família para 1,8 filho/família.
§ A população Urbana brasileira já ultrapassa 85% da população total do país.
§ A faixa oriental da região Nordeste apresenta chuvas concentradas no outono-inverno e elevadas temperaturas médias anuais; essas condições climáticas favoreceram o cultivo da cana-de-açúcar.
§ A estrutura econômica e social, assentada na desigual repartição dá terra e da renda, é geradora de privilégios, da miséria e da violência no campo.
§ A elevada concentração da população brasileira próxima ao litoral está muito vinculada ao seu passado colonial e à dependência econômica externa.
§ Uma área de quatro hectares de floresta, na região tropical, pode conter cerca de 380 espécies de plantas enquanto uma área florestal do mesmo tamanho, em região temperada, pode apresentar entre 10 e 15 espécies.
§ Os impactos regionais decorrentes dos desmatamentos, aliados ao aquecimento global, produzem climas mais quentes e, possivelmente, mais secos, favorecendo a ocorrência de incêndios florestais e ampliando a vulnerabilidade dos ecossistemas tropicais.
§ A esculturação do relevo é muitas vezes acelerada pela ação antrópica, que pode alterar tanto o processo de erosão como o de sedimentação. O relevo brasileiro é modelado principalmente pelas variações dos elementos climáticos como a temperatura, o vento e a chuva — que atuam sobre as estruturas geológicas de diferentes idades e naturezas, causando alterações físicas e químicas.
§ O cerrado — um ecossistema tropical de savana, com similares na África e na Austrália — está distribuído por quase todo o Brasil Central, além de abranger porções significativas do Maranhão, do Piauí, de Roraima, do oeste da Bahia e áreas isoladas em São Paulo e no Paraná.
§ No domínio da Araucária, a ocupação foi tão intensa que a cobertura vegetal se restringe a menos de 10% do que havia originalmente. No domínio dos Mares de Morros, localizado na porção litorânea do país, a unidade fitogeográfica dominante foi a Floresta Atlântica. O domínio das Pradarias, no extremo sul do Brasil, caracteriza-se pela presença de vegetação rasteira (gramíneas). No domínio da Caatinga, o clima é semi-árido, predominando a escassez e o regime incerto de chuvas Existem áreas de transição entre os diferentes domínios, onde coexistem elementos de dois ou mais domínios adjacentes.

CICLOS ECONÔMICOS


A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História. Em cada ciclo, um setor específico foi privilegiado, provocando sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.

CICLO DO PAU BRASIL
PAU BRASIL (1501-1530) • Primeiro Ciclo Econômico do Brasil • Interesse comercial: marcenaria de luxo, tingir tecidos, industria naval e corante

• Mão de obra obtida através do escambo • Estendia-se de São Roque (RN) a Cabo Frio (RJ) • Fernão de Loronha ( Fernando de Noronha)• Atividade Nômade • Esgotação

CICLO DA CANA DE AÇÚCAR
“Este açúcar era cana E veio dos canaviais extensos Que não nascem por acaso No regaço do vale.”
O Açúcar, por Ferreira Gullar

CANA DE AÇÚCAR (1532-1710)
• Atividade econômica que efetivou a colonização brasileira. • Economia: Complementar, especializada • Início das Capitanias Hereditárias • Missão de Martim Afonso de Souza: - Povoar - Defender - Explorar • Estrutura: Latifúndio PLANTATION • Método Agrícola: Monocultura • Modo de Produção: Escravista (acumulação de capitais)

Engenho de açúcar

Dificuldades encontradas: • Dinheiro para montar as moendas • Comprar escravos • Transportar colonos brancos • Comprar navios para transportar os equipamentos e sustentar os trabalhadores até que a produção do açúcar desse lucro • Preocupação do refino • Comercialização do produto

• Financiadores = Holandeses • Decadência = Bloqueio Continental, produção de açúcar nas Antilhas • Fim Capitanias Hereditárias

Economia sociedade cafeeira

CICLO DOS MINÉRIOS
“Quem me dera Ao menos uma vez Ter de volta todo o ouro Que entreguei a quem Conseguiu me convencer Que era prova de amizade” Índios, por Renato Russo
Minérios (Séculos XVII e XVIII)
• Concentração em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Bahia • Intensificação de tráfico de escravos • Mudança do eixo econômico • Primeira tributação: o Quinto • Nova classe social: Mineradores, artesãos, comerciantes, intelectuais e funcionários públicos administrativos

• Deslocamento da Capital da Bahia para Rio Janeiro • Movimentos artísticos e culturais • Primeira moeda metálica no Brasil • Sociedade: Caráter urbano

Declínio:
• Escassez do ouro • População abandona as minas, se dirigindo para o Sul e Sudeste

Pepita de ouro

CICLO DO CAFÉ
“Os caminhões rodando, as carroças rodando, rápidas as ruas se desenrolando, rumor surdo e rouco, estrépitos, estalidos... E o largo coro de ouro das sacas de café!...” Paisagem n°4, por Mário de Andrade

CICLO DA BORRACHA
“Da borracha se sou quase tudo “O dono daqui faz eu Que se meu imaginar Meu lugar, pode paradeiro E é mais difícil levando porque sempre voudizer Onde não a utilizar a vida de seringueiro” Pois com ela se apaga até erros De quem quis e não soube acertar” Poesia da seringueira, autor desconhecido

BORRACHA (1879-1912)
• Seiva da Seringueira (Amazônia) • Séc. XIX – Indústria automobilística • Primeira década séc. XX maior produtor de látex do mundo • Deslocamento de nordestinos para a região Amazônica • Desenvolvimento Urbano: Manaus • Aumenta comércio interno e a renda dos habitantes

Extração do látex

• Criação do Banco de Crédito da Borracha (atual Banco da Amazônia) • Transporte: Fluvial X Ferrovia

Crise da borracha • 1910, empresários holandeses e ingleses entraram no mercado da borracha. • Passaram a produzir, em larga escala e custos baixos, o produto na Ásia (Ceilão, Indonésia e Malásia). • 1920, queda da borracha brasileira • Muitas cidades se esvaziaram, entrando em plena decadência.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

CARTOGRAFIA: A LINGUAGEM DOS MAPAS



INTRODUÇÃO

A cartografia envolve as técnicas de criação de mapas, sendo uma ferramenta importante para a geografia. Apresenta desafios, como, por exemplo, representar uma esfera (Terra) sobre um plano (mapa-múndi), ocorrendo distorções. Um segundo desafio é descobrir a ideologia que um mapa esconde, isto é, mapas contêm visões de mundo.

Como a Terra é redonda, o Brasil, por exemplo, pode ser visto de vários ângulos e, o mais importante, todos estão corretos.



Nesta visão, o Brasil está no centro do planeta.




ELEMENTOS PRINCIPAIS DA CARTOGRAFIA

ESCALAS são a relação entre as dimensões apresentadas em um mapa e seus valores reais correspondentes no terreno.

TIPOS

NUMÉRICA – é representada por uma fração e normalmente é dada em centímetro. Exemplo:




No exemplo acima, 1 cm no mapa é, na realidade, 500.000 vezes maior. Para resolver um exercício, normalmente transforma o número em quilômetro, obtendo-se a seguinte relação: 1 cm = 5 km.

GRÁFICA — é representada por uma linha reta graduada, tendo como módulo básico o centímetro. Exemplo:

1: 12.000.000

É NECESSÁRIO SABER FAZER ESTA REDUÇÃO NA ESCALA MÉTRICA

CONTANDO ''ZEROS'' A PARTIR DA ESQUERDA VAMOS PREENCHENDO AS CASA DA ESCALA MÉTRICA

COMO NO EXEMPLO ABAIXO



Nesse caso, 1 cm no mapa equivale 12.000.000 cm ou na realidade a 120 km.

ESTA FÓRMULA AUXILIA NO CÁLCULO



ONDE ''D'' É A DISTÂNCIA NO TERRENO (REAL) ''d'' É A DISTÂNCIA NO MAPA E ''E '' É A ESCALA USADA PARA AMPLIAR OU DIMINUIR UMA ÁREA OU TERRENO

PROJEÇÕES

Projeções envolvem a representação da Terra em um plano, destacando a rede de paralelos e meridianos da esfera terrestre. Utilizam figuras geométricas semelhantes a uma esfera ou aquelas que permitem o seu desenvolvimento, destacando-se o cone, o cilindro e o plano.








Exemplos
I. PROJEÇÃO DE MERCATOR




Nessa projeção, os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cortam em ângulos retos, porém as áreas polares mostram tamanho exagerado. É uma projeção conforme, porque tem a vantagem de conservar a forma dos continentes, mas traz a desvantagem de deformar as áreas relativas dos continentes, isto é, a deformação aumenta próximo aos pólos.

Observando a figura acima, a América do Sul aparenta ser menor que a Groenlândia, mas, na realidade, ela tem quase 18 milhões de km2 contra 2 milhões de km2 da Groenlândia. Portanto, é uma projeção cilíndrica conforme, sendo usada na navegação. Questiona-se o eurocentrismo desta projeção.


II. PROJEÇÃO DE PETERS



É uma projeção cilíndrica equivalente, que conserva a proporcionalidade das áreas relativas entre os continentes, mas as formas são distorcidas, destacando-se o alongamento dos continentes.

ELEMENTOS SECUNDÁRIOS DA CARTOGRAFIA

CURVAS DE NÍVEL


As curvas de nível são chamadas de isoípsas e unem pontos de mesma altitude de relevo. Esse conceito apareceu na Holanda, no século XVIII e foi usado para cartografar o fundo do rio Merwede, sendo um sistema matemático baseado em levantamentos geodésicos, no qual o marco zero metro é o mar.

As curvas de nível apresentam as seguintes características:
● Representam tanto a altitude quanto a forma de relevo.
● Quando existem grandes diferenças de altitudes em pequenos espaços, as linhas apresentam-se muito próximas umas das outras; quando o relevo é suave, as diferenças são menores e as linhas apresentam-se mais distanciadas.
● De acordo com a variação da altitude, a equidistância das curvas pode ser de 10, 20, 50 ou 100 metros.






ROSA-DOS-VENTOS


A rosa-dos-ventos é um meio de orientação importante devido à extensão do planeta e serve como vocabulário da geografia, aparecendo no nosso dia-a-dia e principalmente nos vestibulares.




É formada pelos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
• Cardeais
– norte ou setentrional ou boreal
– sul ou meridional ou austral
– leste ou oriental ou nascente
– oeste ou ocidental ou poente

• Colaterais: ficam entre os pontos cardeais.
– nordeste (NE) – entre o norte e o leste;
– sudeste (SE) – entre o sul e o leste;
– sudoeste (SO) – entre o sul e o oeste;
– noroeste (NO) – entre o norte e o oeste.

• Subcolaterais: ficam entre os pontos cardeais e os colaterais.
NNE = nor-nordeste
ENE = es-nordeste
ESE = es-sudeste
SSE = su-sudeste
SSO = su-sudoeste
OSO = oes-sudoeste
ONO = oes-noroeste
NNO = nor-noroeste

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre a superfície terrestre, objetivando localizar qualquer lugar ou ponto.

• Latitude: é a distância em graus de um ponto qualquer da superfície terrestre à linha do Equador, variando de 0° a 90° tanto para o norte como para o sul.

• Longitude: é a distância em graus de um dado ponto da superfície terrestre ao meridiano de origem (Greenwich), variando de 0° a 180° para leste e para oeste.




Para compreender melhor as coordenadas, é fundamental lembrar-se das principais linhas imaginárias.
• Paralelos: círculos menores e paralelos ao Equador (divide a Terra em dois hemisférios).






• Meridianos: são círculos máximos que passam pelos pólos, destacando o principal: Greenwich (divide a Terra em dois hemisférios).




FONTE: http://professoradegeografia.blogspot.com

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Pantanal Mato-Grossense



Localização

- O Pantanal Mato-grossense localiza-se a SW do Estado de Mato Grosso e NW do Estado de Mato Grosso do Sul

- engloba o sudoeste do Mato Grosso, o oeste do Mato Grosso do Sul, e parte do Paraguai e Bolívia.

Características

- planície sedimentar de aproximadamente 100.000 km2

- altitudes inferiores a 200m acima do nível do mar

- durante a estação chuvosa (dezembro a abril) a concentração pluviométrica faz com que os rios, devido à pequena declividade, extravasem o excesso d'agua, inundando quase a totalidade da área.

- é uma região com alto índice pluviométrico

Vegetação

- é formada por um conjunto de composições florísticas diversas

Flora

- predominância típica de plantas de brejo

- tem em sua constituição espécies como: buriti, manduvi e carandá

- também é possível observar a caracterização entremeada da vegetação de cerrado, campos e florestas

Fauna

- é abundante e variada

- possui uma biodiversidade faunística apenas superada pela existente na Amazônia, porém apresentando maior número de indivíduos por espécies.

- são mais de 650 espécies de aves (garças, tuiuiús, colhereiros, socos, saracuras), 80 de mamíferos (capivara, cervo-do-pantanal, ariranhas, onças, macacos), 260 tipos de peixes (dourado, piraputanga, piauçu, mato-grosso) e 50 de répteis (jacaré-do-pantanal, sucuri), além da grande diversidade de insetos.

Outras informações

Nos últimos 20 anos, essa riqueza biológica natural tem sido ameaçada pela crescente expansão agrícola e urbana.

Devido aos processos erosivos provocados pela agricultura e pela ocupação urbana desordenada, principalmente em área que legalmente deveria ser preservada, temos hoje um quadro degradante de poluição, atingindo as nascentes e comprometendo a existência de animais e vegetais. Bem como a contaminação do solo pelo uso de agrotóxicos utilizados na agricultura.

Outra questão importante, com relação à manutenção desse bioma, trata-se da construção de hidrovias. Essas vias de transporte fluvial, severamente criticadas por ecologistas e também por algumas ONGs, evidenciam os impactos ambientais provocados pela derrubada da mata ciliar e o assoreamento dos rios, afetando a fauna lacustre e terrestre.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Manufacturing Belt



-O cinturão da ferrugem (rust belt em inglês) Conhecido como cinturão da manufatura, é uma área no nordeste dos Estados Unidos da América, situada aproximadamente entre as cidades de Chicago e Nova Iorque

- Economia baseada principalmente na indústria pesada e de manufatura

- É a área de industrialização mais antiga e mais extensa dos Estados Unidos da América

- Nela encontram-se quase todos os tipos de indústrias

- Predomínio de indústria siderúrgica, mecânica, metalúrgica (automobilística), petroquímica, alimentícia e têxtil

- A concentração desses tipos de indústrias se deu pela vasta matéria prima encontrada no local

- Essa área forma, atualmente, a maior concentração urbano-industrial do mundo, tendo como uma de suas características a megalópole BOSWASH (formada pelas áreas metropolitanas do eixo Boston-Washington).

-Dentre os fatores que permitiram o desenvolvimento de indústrias nessa região, destacam-se:

* A existência de recursos naturais, notadamente a jazida de minério de ferro nos Grandes Lagos, o que atraiu o desenvolvimento de indústrias siderúrgicas, automobilísticas e ferroviárias - e as jazidas de carvão mineral dos Montes Apalaches, localizadas mais ao sul e de fácil exploração.

* As condições favoráveis à navegação dos Grandes Lagos, com saída para o Oceano Atlântico pelo rio São Lourenço, bem como os bons e modernos portos da costa leste, que possibilitaram a chegada dos recursos e das matérias-primas de que a região não dispunha.

-O Manufacturing belt já chegou a concentrar, por volta de 1900, mais de 75% da produção industrial dos Estados Unidos

-Nos últimos anos, porém, com o intenso processo da globalização e o conseqüente aumento da concorrência têm levado diversas indústrias a deixar essa região em busca de outras áreas, que proporcionam menores custos de produção

-O Manufacturing belt chegou a ser apelidado de Rust belt (Cinturão da ferrugem), por causa da imensa quantidade de galpões abandonados em várias cidades

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

MAR DE ARAL


mar_aral01.jpeg
Lago terminal de água salgada situado no interior da Ásia, compartilhado pelo Cazaquistão ao norte e Uzbequistão ao sul, alimentado por dois rios principais (Sirdaria e Amudaria).

História

Em 1960, o Mar de Aral era o quarto maior lago do mundo, cobrindo cerca de 68 mil Km². Proporcionava 40 mil toneladas de pesca por ano e possuía rica variedade biológica. Nesta mesma época, as autoridades soviéticas intensificaram as irrigações com a utilização das águas dos rios.

Com isso em pouco tempo o Uzbequistão tornou-se o maior produtor e o segundo exportador mundial do “ouro branco”. Isso trouxe sérios problemas ambientais para o meio ambiente e para a população do local.

Em 1990 mais de 90% das terras úmidas da região secaram. Atualmente, o nível do Mar de Aral baixou e ele perdeu 80% de sua superfície. O mar vem secando progressivamente há quarenta anos.

O problema de degradação ambiental no Mar de Aral

O resultado desta degradação no Mar de Aral vem da grande utilização de seus recursos hídricos para a irrigação, o que contribuiu para a perda do equilíbrio atual no ambiente. O sal no Mar de Aral era causado principalmente pela grande evaporação e o calor causava uma grande evaporação que consistia no clima bom da região antes do lago secar.

Com a secagem do Mar de Aral houve um aumento da salinidade da água, erosão causada pelo vento, tempestades de poeiras salgadas, terras encharcadas, divisão do lago em partes separadas, perda de vida selvagem nas áreas litorâneas e muitos outros problemas.

mar_aral02.jpegTodos estes problemas estão afetando a economia local ao mesmo tempo em que o crescimento populacional na região esta aumentando. Desta forma, os assuntos mais discutidos dentre outros inúmeros problemas em relação à degradação do Mar de Aral são:

- Desertificação: como o nível da água diminuiu, o volume de sal aumentou. Com o vento, este sal é transportado para terrenos agrícolas, contaminando a terra e obrigando os agricultores a compensarem o sucesso da produção no uso de fertilizantes na terra, o que prejudica ainda mais o solo que já está enfraquecido e não faz bem para a população que utiliza esses alimentos em sua alimentação.

- Destruição dos peixes: com a grande salinização da água que resta no Mar de Aral, a maioria dos peixes não consegue sobreviver e acaba morrendo.
A falta de água potável na região compromete também as condições sanitárias da população, além de terem que sobreviver também com mudanças climáticas advindas das tempestades de areia devido ao volume baixo de água no Mar de Aral.

Mais uma vez a natureza é destruída pelo mau uso feito pelos homens.

domingo, 12 de dezembro de 2010

REGIÃO NORDESTE


 
No Nordeste, há quatro paisagens naturais diferentes: o Meio-Norte, prolongamento da Amazônia; o Sertão, que corresponde à área mais seca; a Zona da Mata, que ocorre nos trechos mais úmidos no litoral e finalmente, o Agreste, transição entre os dois últimos.


OS DIVERSOS "NORDESTES"

Litoral e Zona da Mata
 
Tendo sido introduzida, em 1530, a cana-de-açúcar na Zona da Mata, esta atividade ainda é dominante. Encontrou clima e solo propícios: tropical e massapê.
No passado, o domínio de engenhos e hoje a usina, retratam esta paisagem, que também trocou a mão-de-obra, antes negra, sob a relação escrava de produção, hoje, assalariada, porém temporária, em larga escala, no modelo bóia-fria. No interior da Zona da Mata, sobretudo em Alagoas e Bahia (Recôncavo), destacamos o fumo, assim como o sul da Bahia aparece a paisagem Jorge Amadiana do cacau, cultivado com o sombreamento da bananeira ou broqueado com a, cada vez mais reduzida, Mata Atlântica.
No litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte há uma abrupta mudança na paisagem. Surge o sal, com destaque para as salinas de Macau e Areia Branca.
Na Zona da Mata, sobretudo após a SUDENE, destacamos os pólos Petroquímico de Camaçari, formando nestas áreas duas das três metrópoles regionais - Recife e Salvador. A terceira, e mais recente é Fortaleza, também no litoral. O turismo em toda a região vem sendo importante atividade econômica.

Agreste
É a região de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. O Agreste com suas feiras de gado e sua policultura de subsistência, sofre modificações profundas na paisagem, monoculturas de fumo, cana. Oleaginosa, além de latifúndios que absorvem minifúndios desenham este novo perfil do agreste. Além da agricultura comercial há agora destaque para a pecuária caprina e ovina. Assim como o crescimento inchado das cidades, outrora feiras - as cidades-feira - Campina Grande, Feira de Santana, Caruaru, etc.

Sertão
O Sertão é marcado pelo latifúndio e pela pecuária. Nas "Bocas do Sertão", ilhas úmidas, encontramos a subsistência. A atividade agrícola de mercado é o algodão.
As maiores concentrações demográficas estão no São Francisco e no Cariri. O rio, que outrora era o dos Currais, hoje apresenta atividades agrícolas - cebola e vinha. Demonstrativo de que o Sertão é viável e o problema é a "Cerca"!
 
Meio-Norte
Nesta sub-região, destacamos o extrativismo vegetal, pecuária extensiva, algodão e arroz.
Extrativismo: madeira, babaçu e carnaúba.
Pecuária: áreas mais secas do interior.
Áreas mais úmidas: algodão e arroz (a soja, recentemente).
Porto de Itaqui: escoamento do minério de Carajás e todo sistema de transporte para escoamento.
 
MOMENTO ATUAL
 
A região Nordeste vêm tendo nos últimos anos, expressivas modificações em sua estrutura econômica, que, no entanto, não alteram substancialmente o calamitoso quadro social.
No campo industrial vem ocorrendo um processo de industrialização, ligado a descentralização do Sudeste, sendo, portanto, uma industrialização dependente, ligada em grande parte a concessão de incentivos fiscais. A maior parte dessas indústrias é de utilização intensiva de mão-de-obra, como calçados e vestuários, interessadas nos reduzidíssimos salários locais. A menor distância em relação a alguns mercados de exportação é outro atrativo local. Apesar disso se mantém a indústria açucareira, a do petróleo e petroquímica e muito recentemente a área de automóveis na Bahia.
Cabe lembrar que o Ceará e a Bahia têm apresentado elevados índices de crescimento industrial.
As alterações ocorrem também no meio rural, apesar da manutenção do amplo domínio latifundiário no Sertão e Zona da Mata, além da expansão, com pecuária no Agreste.
No Sertão Nordestino, projetos de irrigação viabilizaram o avanço de uma moderna agricultura fruticultora para exportação, na área em torno de Petrolina em Pernambuco, beneficiada pela grande insolação, pela já citada mão-de-obra barata, além da existência de solos com alta fertilidade mineral.
No oeste da Bahia e no sul do Maranhão, o avanço da fronteira agrícola ocorre sobretudo com a soja, mas também, com arroz e milho. No caso específico do Maranhão, o desenvolvimento é facilitado pelas excelentes condições de logística da região para exportação. Desde 1992, quando começou a funcionar o Corredor de Exportação Norte, toda a produção agrícola do sul do Maranhão passou a escoar para o Porto da Madeira, em São Luís, por um longo trecho de estrada de ferro operado pela Companhia Vale do Rio Doce. O cultivo nessa área, realizada por migrantes de origem européia vindos da Região Sul, é realizado em fazendas altamente mecanizadas, com os melhores índices de produtividade agrícola por hectare no Brasil, tem ainda como benefício a menor distância em relação ao mercado europeu.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sertão Nordestino



No interior do país, nas vastas áreas do sertão, fatores históricos, sociais e econômicos, aliados às características de clima e vegetação, determinam fortes contrastes na paisagem nordestina e no nível de vida da população. Entre os aspectos de natureza físico-geográfica típicos da região, o fenômeno das secas constitui verdadeiro flagelo, responsável pelo permanente êxodo dos sertanejos.
Sertão é uma região geográfica caracterizada pela presença de clima semi-árido, vegetação de caatinga, irregularidade de chuvas, solos secos e rios intermitentes ou temporários. O sertão nordestino compreende as áreas mais secas e distantes do litoral leste do Brasil, situadas nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Apenas no Ceará e no Rio Grande do Norte o sertão chega até o litoral. O chamado Polígono das Secas totaliza 936.933km2.

O sertão do Nordeste apresenta três formações típicas: 
1- amplas superfícies aplainadas, drenadas ao norte pelos rios Aracaju, Jaguaribe, Apodi e Açu, e a leste pelo São Francisco, o único rio perene da região;

2- maciços cristalinos, cujos esporões mais ocidentais são os da Borborema e das serras de Maranguape e Baturité;

3- chapadas sedimentares, como as de Ibiapaba, do Araripe e do Apodi. Apresenta clima semi-árido, com estação chuvosa no verão, mas há amplas áreas onde predomina o clima tropical chuvoso, com inverno seco. Em alguns trechos, a taxa pluviométrica anual é inferior a 500mm, sucedendo-se, às vezes, vários anos de estiagem. As prolongadas secas determinam a emigração da população pobre.
As superfícies aplainadas são, em geral, cobertas por caatingas, formação vegetal onde predominam arbustos de folhas decíduas; são também abundantes as cactáceas e as bromeliáceas. Nos brejos onde há água durante todo o ano, localizados ora em trechos altos e expostos aos ventos úmidos de sudeste, como a serra Negra, em Pernambuco, ora ao sopé das baixadas sedimentares, como o vale do Cariri, no Ceará, dominavam densas formações florestais, hoje substituídas por culturas de mandioca, cana-de-açúcar e árvores frutíferas. Nas amplas várzeas de solos aluviais, situados nos baixos cursos dos rios que deságuam na costa, proliferam densos carnaubais. Nos espaços vazios existentes praticam-se lavouras de subsistência, enquanto nos tabuleiros cria-se gado bovino.
A densidade demográfica no sertão nordestino é baixa e varia de 5 a 25 habitantes por quilômetro quadrado. Grandes propriedades aí se localizam, quase todas dedicadas à pecuária extensiva e à agricultura.

Bode "O Rei do Sertão"





O primeiro registro de que se tem notícia da presença dos caprinos no Nordeste data de 1535, portanto, no início do período colonial do Brasil. Oriundas dos Pireneus (origem pirenaica), as cabras se fixaram em duas outras regiões da Europa, através das seguintes rotas: uma seguiu na direção dos Alpes e outra na direção da Península Ibérica, notadamente no sul da Espanha e Portugal, regiões compreendidas entre as latitudes 36º e 44° norte, e posteriormente vieram para cá, trazidas pelos colonizadores portugueses. Várias raças foram trazidas para as baixas latitudes dos trópicos, principalmente para o ambiente seco nordestino, o que, ao longo desses quase quinhentos anos, com as cabras enfrentando secas avassaladoras e sofrendo intenso processo de cruzamentos entre si (seleção natural negativa), resultou em animais improdutivos em termos de função leiteira (as fêmeas mal produzem leite para o sustento de suas crias), mas detentores de características genéticas valiosas: a rusticidade, prolificidade e qualidade de pele.
A rentabilidade da criação de cabras no Nordeste está calcada em três fatores principais: a produção do leite, da pele e, por último, da carne. Minimizar o interesse ou mesmo excluir um desses fatores do processo produtivo, certamente trará para o produtor insucessos em sua criação. Nesse caso específico, a agregação de valores nos produtos gerados nesse tipo de pecuária (de múltiplas funções) é a condição vital para o seu sucesso.
No espaço físico onde se cria uma vaca, é possível a criação de 8 cabras. Uma vaca criada nos limites do Semi-árido nordestino produz, em média, 3,5 litros de leite por dia. Uma cabra, melhorada geneticamente produz em média, nas mesmas condições, 1,7 litros. É possível, portanto, a produção de 13,6 litros de leite no mesmo espaço onde se cria uma vaca, com uma vantagem adicional de se estar criando um animal rústico, adaptado ao ambiente e com uma qualidade de leite diferenciada. O leite da cabra é mais digestivo do que o leite de vaca, pelo fato de sua cadeia láctea ser mais reduzida do que aquela presente no leite da vaca, sendo indicado para idosos e para crianças portadoras de problemas de alergias, além de proporcionar ao queijo valor de iguaria qualificada.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AS TRÊS ÁRVORES


Há muitos e muitos anos atrás, havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
A primeira, olhando as estrelas disse que queria ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.
A segunda, olhando o riacho suspirou ao dizer que queria ser um navio grande para transportar reis e rainhas.
A terceira olhou para o vale em que estavam e disse que queria ficar ali mesmo no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para ela levantassem os olhos e pensassem em Deus.
Os anos se passaram e, certo dia três lenhadores cortaram as árvores.
As três ficaram ansiosas em serem transformadas naquilo que sonharam, contudo os lenhadores não ouviam ou não entendiam sonhos…
Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais coberto de feno.
A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.
A terceira foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito.
Então, todas se perguntaram desiludidas e tristes por que isso acontecera.
Numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mãe colocou seu bebê recém nascido naquele cocho de animais.
De repente, a primeira árvore descobriu que tinha o maior tesouro do mundo!
A segunda árvore acabou transportando um homem que acabou dormindo num barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:
“Silêncio! Quieto!”
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o Rei do Céu e da Terra.
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela.
Logo, sentiu-se horrível e cruel.
Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria.
E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade e que as pessoas se lembrariam de Deus e de seu Filho ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos…
Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.
Entregue seus sonhos e seus desejos a Deus.
Ele sempre lhe dará muito mais do que você pode esperar…

A Pecuária e Sua Importancia no Brasil


Definição: Compreende a criação de gado (bovino, suíno e eqüino e etc.), aves, coelhos e abelhas.

A criação de gado bovino é a mais difundida mundialmente devido à utilidade que  apresenta ao homem - força de trabalho, meio de transporte e principalmente fornecimento de carne, leite e couro. O gado bovino compreende três espécies principais: O boi comum (bos taurus), o zebu ou boi indiano (bos indians) e o búfalo (bubalus bubalis).

Finalidades: Atende a duas finalidades básicas: a pecuária de corte e a pecuária leiteira.
A pecuária de corte é a criação destinada ao abate para o fornecimento de carne, as principais raças encontradas no Brasil são: Angus, Hereford, Shorthorn , Devon e etc.(inglesas) Nelore, Gir, Guzerá (indianas) e indu - brasileiras, Red polled, Normanda, Santa Gertudes e etc. (mistas)
A pecuária leiteira é a criação destinada à produção de leite e derivados. As melhores raças surgiram também na Europa daí espalhando-se para o mundo. As principais são: Holandesa, Flamenga e Jersei.



Histórico
Introduzido no Brasil por volta de 1530 em São Vicente (S.P.), e logo após no Nordeste (Recife e Salvador), o gado bovino espalhou-se com o tempo para as diversas regiões do país da seguinte maneira:
de São Vicente, o gado atingiu o interior paulista (região da França) e daí dirigiu-se para as regiões Sul e Centro - Oeste.
do litoral nordestino, o gado se espalhou pelo Vale do São Francisco, Sertão Nordestino, região Norte (P.A.) e M.G.
A partir do séc. XIX  as raças indianas (zebu) foram introduzidas na região Sudeste, principalmente em M.G. , onde adaptaram-se bem e expandiram-se. Seu cruzamento com raças nacionais de qualidade inferior, originou um gado mestiço indubrasil.
No final do séc. XIX iniciou-se a importação de raças européias selecionadas, principalmente para o Sul do país, região que permitiu boa aclimatização e grande expansão.

Importância da Pecuária no Brasil
No decorrer de sua expansão geográfica, a pecuária desempenhou importante papel no processo de povoamento do território brasileiro, sobre tudo nas regiões Nordeste (sertão) e Centro - Oeste, mas também no sul do país (Campanha Gaúcha).

O Rebanho Bovino
O gado bovino representa a principal criação do país, e apresenta como características:

O rebanho brasileiro é na maior parte de baixa qualidade, e portanto de baixo valor econômico;
A relação bovino/habitante no Brasil é muito baixa quando comparado à países Argentina, Austrália e Uruguai.
A idade  média do gado para abate no Brasil é de 4 anos, muito elevada em relação a países como Argentina, E.U.A e Inglaterra (cerca de 2 anos)
O peso médio também é muito baixo ainda, 230 a 240 quilos, contra mais de 600 quilos na Argentina, E.U.A e Inglaterra.
Como conseqüência dos fatores idade e peso, ocorre que a taxa de desfrute (percentual do rebanho abatido anualmente) no Brasil é muito baixa, cerca de 15% a 20% contra 30% da média mundial e 40% dos E.U.A
A pecuária brasileira é caracterizada pelo baixo valor econômico e pelo mau aproveitamento do potencial do rebanho, resultantes principalmente de deficiências tecnológicas tais como:
Zootécnicas: falta de aprimoramento racial;
Alimentos: deficiência das pastagens (a maior parte é natural) e de rações complementares;
Sanitário: elevada incidência de doenças infecto-contagiosas e precária inspeção sanitária.

Principais áreas de Criação


 
Região Sudesteè Possui o 2º maior rebanho bovino do país distribuídos em M.G., S.P., R.J. e E.S.
Nesta região predomina a raça zebu (Nelore, Gir, Guzerá), aparecendo raças européias e mistas, destinadas tanto ao corte como a produção de leite. As principais áreas de gado de corte são:
SP: Alta Sorocabana (Presidente Prudente) e Alta Nordeste (Araçatuba);
MG: Triângulo Mineiro e Centro - Norte do estado (Monte Claros);
ES: Norte do estado (bacia do rio S. Mateus)



As principais áreas de gado leiteiro estão em:
SP: Vale do Paraíba, encosta da Mantiqueira (S. João da Boa Vista, S. José do Rio Pardo e Mococa) e região de Araras Araraquara;
MG: Zona da Mata, região de Belo Horizonte e Sul do estado
RJ: Vale do Paraíba e norte do estado
ES: Sul do estado (cachoeirinha de itapemirim)

OBS.: A região Sudeste possui a maior bacia leiteira e a maior concentração industrial de laticínios no país, abastecendo os maiores mercados consumidores, representados por S.P., R.J. e B.H.

Região Sul

É a que possui o 3º maior rebanho distribuído pelo R.S., P.R. e S.C.
Esta região destaca-se por possuir o rebanho que além de numeroso, é o de melhor qualidade no Brasil. O rebanho é constituído por raças européias (Hereford, Devon, Shorthorn) e conta com técnicas aprimoradas de criação e condições naturais favoráveis, como: relevo suave, pasto de melhor qualidade, clima subtropical com temperaturas mais baixas e chuvas regulares.
No Sul prevalece a pecuária de corte. A principal área de criação é a Campanha Gaúcha , onde se localizam a maior parte do rebanho e importantes frigoríficos, tais como Anglo (Pelotas), Swift (Rosário). A pecuária nesta região destina-se principalmente à obtenção de carne, couro e charque para atender ao mercado interno e externo. A pecuária leiteira é menos importante, aparecendo principalmente nas áreas:
RS: porção norte - nordeste , abrangendo Vacuria, Lagoa Vermelha e Vale do Jacuí;
SC: regiões de lagoas e Vale do Itajaí
PR: porção leste do estado, abrangendo as regiões de Curitiba, Castro e Ponta Grossa.

Além da pecuária bovina, a região Sul possui os maiores rebanhos nacionais de ovinos, concentrados principalmente na Campanha Gaúcha ( Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento e Bagé) e de suínos, que aparecem no norte - nordeste de R.S. (Santana Rosa e Erexim), sudoeste do Paraná e no oeste catarinense ( concórdia e Chapecó), onde se localizam os principais frigoríficos como a Sadia.

Região Centro - Oeste
Possui o maior rebanho bovino do país, distribuídos por G.O., M.S., M.T. e D.F.
A pecuária do C.O. é predominantemente extensiva de corte e destinada, na maior parte, ao abastecimento de mercado paulista. Apesar de estar disseminada por toda a região, abrangendo tanto as áreas  de cerrado como o pantanal, as maiores densidades de gado aparecem no sudoeste de M.T. (Chapada dos Parecia) e centro - leste (vales dos rios Cristalino e das Mortes), sudeste de G.O. e maior parte de M.S. (pantanal e centro - sul)
A maio parte do C.O., oferece boas possibilidades de expansão pecuária porque  sua posição geográfica é favorável, é muito exterior, tem abundância de pastagens naturais, boa pluviosidade no verão, os preços das terras são mais acessíveis em relação aos do Sudeste e Sul e é próxima do maior centro consumidor do país. Na verdade a quantidade de cabeças vem crescendo, porém a qualidade deixa muito a desejar.
A pecuária leiteira é pouco significativa ainda; aparecendo principalmente na Porção Sudeste de Goiás (Vale do Paraíba), que abastece as regiões de Goiânia e D.F.



Região Nordeste
Possui o 4º maior rebanho bovino do país , concentrado principalmente em: B.A., M.A., C.E., P.E. e P.I.
A pecuária bovina do nordeste é predominantemente extensiva de corte. Apesar de estar difundida por toda a região, a principal área pecuarista é o Sertão.
A pecuária leiteira ocupa posição secundária e está mais concentrada no Agreste, onde se destacam duas bacias leiteiras, a bacia do Recife (Pesqueira, Cachoeirinha, Alogoinhas e Guranhum) e a de Batalha em Alagoas
A produtividade do rebanho nordestino é das mais baixas do país, tanto em carne como em leite.

Região Norte
Possui o menor rebanho bovino do país, concentrado principalmente no estado do Pará. Apesar de ser o menor, foi o que mais cresceu no último decênio.
Nesta região predomina a pecuária extensiva de corte, e as áreas tradicionais de criação correspondem aos campos naturais do:
Pará: Campos de Marajó, médio e baixo Amazonas.
Amazonas: médio Amazonas e as regiões dos rios Negro e Solimões
Acre: Alto Peirus e alto Jureiá
Amapá: Litoral
Rondônia: Vale do rio madeira

Nas ultimas décadas a expansão pecuária na região Norte tem sido muito grande, mesmo a custa de desmatamento indiscriminado, invasão de terras indígenas e restrição das áreas de lavoura. Essas áreas de expansão estão principalmente no leste e sudeste do Pará (Paragominas, Conceição do Araguaia), Amazonas, Rondônia e Acre.
A pecuária leiteira é muito restrita e aparece nas proximidades das capitais Belém, Manaus e etc. Esta região conta com o maior rebanho de búfalos do país, concentrados principalmente na ilha de Marajó (P.A.).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Agropecuária no Sertão Nordestino

Apesar das adversidades impostas pelo clima, a economia da sub-região do sertão do Nordeste está ligada diretamente à atividade agropecuária, desse modo, para um bom desenvolvimento da mesma é indispensável que o clima contribua oferecendo condicionantes para que ocorra um plantio e que todas as etapas de uma lavoura não sejam prejudicadas por falta de umidade, e assim seus resultados produtivos não sejam influenciados pela composição climática que se apresenta nessa parte da região, especialmente em períodos de estiagem. Diante disso, fica evidente que o sucesso ou fracasso da produção agropecuária nessa sub-região depende exclusivamente das condições climáticas, em especial a chuva, pois é esse bem natural que promove a prosperidade da atividade no sertão.

A agropecuária é uma atividade econômica que abrange tanto a agricultura quanto a pecuária. No sertão, a atividade pecuária (criação de animais) ocupa um lugar de destaque, uma vez que é a principal atividade econômica.

Como essa região ainda não ingressou em um processo de mecanização e modernização efetiva do campo, a pecuária é desenvolvida de forma tradicional ou extensiva, isso quer dizer que os animais são criados em extensas áreas, no caso dos latifúndios, sem maiores cuidados e se alimentam quase sempre de pastagens nativas e não cultivadas, diante disso a produtividade é baixa. Depois da criação de gado, a principal é a produção de caprinos, animais de pequeno porte que resistem às condições mais adversas impostas pelo clima, devido a esse fator o Nordeste detém o maior rebanho dessa espécie no Brasil, com aproximadamente 9 milhões de animais.

Na agricultura, a produção é destinada ao próprio consumo, isso se desenvolve em praticamente todo o sertão, especialmente em pequenas propriedades rurais, nelas a produção é pequena, o trabalho é desenvolvido pelos integrantes da família sem utilização de tecnologias, usando técnicas e instrumentos rudimentares e tradicionais.

Alguns lugares do Sertão nordestino, como as encostas das serras e os vales fluviais, detêm certa umidade que proporciona condições que permitem o desenvolvimento da atividade agrícola, tais como o cultivo de culturas como milho, feijão, arroz e mandioca, além do cultivo de lavouras com fins comerciais como o algodão arbóreo e a soja no oeste da Bahia, ambas com produção destinada ao mercado externo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Trem-Bala chinês

China quebra recorde de velocidade sobre trilhos




Trem de alta velocidade atingiu velocidades superiores a 480 km/h em linha entre Beijing e Xangai
Linha Beijing-Xangai deve entrar em operação em 2012

Os chineses parecem estar gostando de quebrar um recorde de velocidade após o outro. Alguns dias depois de ter o supercomputador Tianhe-1A no topo da lista dos mais rápidos do mundo, trataram de quebrar um recorde de velocidade sobre trilhos.
A notícia veio do diário chinês Xinhua News. Um trem de passageiros fez o trajeto de uma nova linha ligando as cidades de Beijing e Xangai à velocidade impressionante de 486 km/h, clamam ser um novo recorde de velocidade para trens de passageiros.

A linha deve entrar em operação em 2012, mas os passageiros não irão viajar a essa velocidade, que deve ser reduzida a níveis mais moderados. Mesmo assim, espera-se que o trajeto entre as duas cidades deve ser feito em aproximadamente 5 horas, ou metade do tempo necessário atualmente.

O governo chinês ainda não está satisfeito e já estabeleceu a meta de atingir velocidades de 500 km/h sobre trilhos. Não devem demorar para conseguir a façanha.

Atualmente a China tem mais de 7500 quilômetros de malha ferroviária. Planeja aumentar esse número para 120 mil quilômetros até 2020.

Enquanto isso, o Brasil não consegue tirar do papel uma única linha de trem de alta velocidade. O leilão para a construção do trecho Rio-São Paulo foi adiado para abril de 2011, impossibilitando o início dos serviços a tempo da Copa do Mundo de 2014.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

MARCO REGULATÓRIO DO PRÉ-SAL

O Congresso brasileiro concluiu nesta quinta-feira 02-12-2010 a votação das propostas do governo que alteram a legislação no setor de petróleo, que buscam elevar o controle da União no setor após as grandes descobertas do pré-sal que podem transformar o Brasil em um dos maiores produtores mundiais da commodity.

Uma das medidas mais importantes é a que institui o sistema de partilha de produção no país, que conviverá com o sistema existente de concessões em projetos futuros de petróleo. A Petrobrás deverá ser fortemente beneficiada.

O governo pretende que o sistema de partilha seja adotado para os blocos com maiores potenciais de produção, de modo que o país fique com boa parte do petróleo que será extraído.

Confira abaixo as principais diferenças entre o sistema de partilha de produção e o sistema atual de concessões:

Pagamento em petróleo

Com o acordo de produção partilhada, as companhias envolvidas concordam em dar ao governo um porcentual do petróleo produzido no campo. No sistema de concessão, a companhia fica com todo o petróleo e paga royalties e taxas para o Estado, como a

Participação Especial

O sistema de partilha, assim como o de concessão, envolve leilões entre diferentes companhias disputando os blocos, mas vence a empresa que oferecer repassar para a União o maior porcentual de petróleo. Na concessão, vence quem pagar o maior bônus de assinatura.

Apelo político

O regime de partilha foi utilizado pela primeira vez na Indonésia nos anos 1960, de acordo com estudo do Oxford Institute for Energy, para aumentar o controle do governo, que sempre permitia às companhias petroleiras terem vantagem no sistema de concessão.

A mudança para o regime de partilha reverteu essa relação, no momento em que o governo se tornou dono do petróleo. Essa distinção no entanto não dá garantias ao Estado de um porcentual maior dos retornos financeiros, mas é politicamente apelativa para líderes que querem mostrar que estão no controle dos recursos nacionais.

Prazo para pagamentos

No regime de concessão, as companhias frequentemente fazem amplos pagamentos no ato - geralmente centenas de milhões de dólares em bônus de assinatura - durante as rodadas de oferta de blocos petrolíferos para aumentar as chances de conseguir os direitos de exploração.

No Brasil, o regime de concessão tem ainda o pagamento de Participação Especial, que pode chegar a 40% sobre o lucro da produção de campos de alta produtividade, que são distribuídos entre vários órgãos do governo e aos Estados produtores. A concessão pode ser vantajosa para o governo se houver escassez de orçamento. O regime de partilha geralmente escala os pagamentos ao longo do projeto. Ele também pode incluir bônus de assinatura, embora os valores sejam bem menores do que os do sistema de concessão.

Reservas

As companhias petrolíferas devem informar aos investidores quanto possuem de petróleo não produzido, já que este é um indicador-chave de sua capacidade de manter a produção futura e, portanto, as receitas. As empresas geralmente preferem o sistema de concessão porque ele permite que elas contabilizem o total das reservas nos campos. No sistema de partilha, é possível contabilizar apenas o porcentual de barris que cabe à empresa no acordo, excetuando a parte do governo. Assim, se uma empresa se compromete a dar ao governo 70% do petróleo de um campo, ela pode registrar como suas reservas apenas os restantes 30%.

Estrutura institucional

Os países com experiência limitada em campos de petróleo e instituições estatais fracas geralmente utilizam o regime de partilha por ser mais simples e exigir menos supervisão do governo do que o sistema de concessão. Ele é frequentemente usado por países pobres da África e Ásia Central. Os países com grande habilidade na indústria de petróleo e com capacidade de compilação de taxas, como os Estados Unidos e a Noruega, utilizam mais o sistema de concessão.

Petrobrás e o sistema de partilha

A estatal, que já possui grande parcela dos blocos até agora explorados no pré-sal, será grande beneficiada com o novo marco regulatório. Segundo o projeto, a Petrobrás será a operadora de todos os blocos que forem contratados sob o futuro regime de partilha de produção e terá assegurada uma participação mínima de 30% nesses blocos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ser Águia

Nós somos águias, não temos que agir como galinhas.

 
Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha fosse.
Certo dia, passou por sua casa um naturalista, que vendo a águia ciscando no chão, foi falar com o camponês:
- Isto não é uma galinha, é uma águia!
O camponês retrucou:
- Agora ela não é mais uma águia, agora ela é uma galinha!
O naturalista disse:
- Não, uma águia é sempre uma águia, vamos ver uma coisa..
Levou-a para cima da casa do camponês e elevou-a nos braços e disse:
- Voa, você é uma águia, assuma sua natureza!
- Mas a águia não voou, e o camponês disse:
- Eu não falei que ela agora era uma galinha!
O naturalista disse:
- Amanhã, veremos...
No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha. O naturalista levantou a águia e disse:
- Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza, e voe como águia que és...
A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada. Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, devagar, suas asas e partiu num vôo lindo, até que desapareceu no horizonte azul.
Voe cada vez mais alto, não se contente com os grãos que lhe jogam para ciscar. Nós somos águias, não temos que agir como galinhas.


Nota do Blog: Em agradecimento a Amiga Erika Azevedo

BRASILEIRO TRABALHARÁ MAIS PARA SE APOSENTAR




Os brasileiros estão vivendo mais e, por isso, precisarão aumentar o tempo de recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para garantir a aposentadoria. Com a divulgação da nova expectativa de vida da população pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), muda também o cálculo do Fator Previdenciário (FAP), utilizado para compor o valor das aposentadorias pagas pela Previdência Social por meio do critério de tempo de contribuição. O governo informa que a nova tabela passou a incidir sobre os benefícios requeridos a partir de ontem. As projeções do IBGE indicam que a expectativa de vida ao nascer está aumentando gradativamente: era de 72,9 anos de idade, em 2008, alcançou 73,2 anos, em 2009. Em relação a 1980, o ganho é de 10,6 anos. O levantamento também mostrou uma grande diferença na expectativa de vida entre mulheres e homens. Elas chegam a viver até os 77 anos, enquanto eles, em média, 69,4 anos. A projeção do IBGE é que a expectativa do brasileiro chegue aos 81,29 anos em 2050, o que deverá alterar profundamente o FAP até lá. Essa mudança no cálculo é uma exigência da Lei 9.876, de 1999, a qual vinculou o Fator Previdenciário à divulgação anual das novas tábuas de expectativa de vida pelo IBGE. Como exemplo, um segurado com 55 anos de idade e 35 anos de contribuição ao INSS que ingressar hoje com o pedido de aposentadoria terá que contribuir por mais 41 dias corridos para garantir o mesmo valor que receberia se tivesse feito a requisição ontem. Em outra hipótese, considerando um segurado com 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, serão necessários mais 48 dias corridos de contribuição. O cálculo leva em conta as estimativas do IBGE relativas a 2009, as quais indicam que o brasileiro está vivendo mais e, portanto, ficará mais tempo dependendo do benefício previdenciário. Nessa conta, a Previdência considera que um segurado que se aposentava aos 60 anos em 2007 tinha sobrevida estimada de 21,1 anos. Em 2008, a sobrevida estimada de um segurado com 60 anos saltou para 21,2 anos, chegando a 21,3 anos em 2009. A Previdência explica que a mudança no cálculo ocorre por conta da legislação, que estabelece a obrigatoriedade de que a expectativa de sobrevida do segurado no dia de pedido do benefício seja considerada no momento do cálculo do Fator Previdenciário. O Ministério da Previdência destaca que o FAP é utilizado somente no cálculo de aposentadoria por tempo de contribuição. Não incide, portanto, sobre aposentadorias por invalidez. Em aposentadoria por idade, por sua vez, a regra vale somente se for beneficiar o segurado. Pelas regras da aposentadoria por tempo de contribuição, se o fator for menor do que 1, haverá redução do valor do benefício. Se o fator for maior que 1, há acréscimo no valor e, se o fator for igual a 1, não há alteração.

Trem-Bala Brasileiro

sábado, 4 de dezembro de 2010

PENSE COMO UM VENCEDOR


Avalie você mesmo, meu jovem. Você tem tudo o que os grandes homens tinham: dois braços, duas pernas, dois olhos e um cérebro para usar se for esperto.Todos começaram com esse equipamento. Então, comece do alto e diga "Eu posso". Olhe para eles, os sábios e grandes. Eles comem de um prato comum, com facas e garfos semelhantes, e com laços semelhantes amarram os sapatos. No entanto, o mundo os acha bravos e talentosos. Mas você também tem o que todos tinham ao começar. Você pode triunfar e chegar ao sucesso, você pode ser grande, bastando querer. Está equipado para a luta que escolher, tem pernas, braços e um cérebro para usar. Você é o obstáculo que deve enfrentar, você é quem escolhe seu lugar, você deve dizer para onde quer ir, o quanto quer estudar, qual verdade oculta quer conhecer. Deus o equipou para a vida, mas Ele deixa-o decidir aquilo que quer ser. A coragem deve vir da alma interior. O homem deve enfrentar barreiras com vontade de vencê-las. Então, avalie você mesmo. Você nasceu com tudo o que os grandes tinham. Com seu equipamento, todos eles começaram. Apoie-se em si mesmo e diga: "Eu posso".

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

RELEVO TERRESTRE E SEUS AGENTES

  RELEVO – “O relevo corresponde às diversas configurações da crosta terrestre (montanhas, planaltos, planícies, depressões). [...] A disciplina científica que estuda as formas de relevo, sua origem, a estrutura e os processos responsáveis por sua evolução é a Geomorfologia. O relevo resulta da atuação de dois grandes conjuntos de fatores denominados agentes do relevo”. (Coelho, Marcos A. e terra, Lygia. geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Moderna, 2001. p. 82).

AGENTES MODELADORES DO RELEVO

Tectonismo
O tectonismo, também conhecido por diastrofismo, consiste em movimentos decorrentes de pressões vindas do interior da Terra, agindo na crosta terrestre. Quando as pressões são verticais, os blocos continentais sofrem levantamentos, abaixamentos ou sofrem fraturas ou falhas. Quando as pressões são horizontais, são formados dobramentos ou enrugamentos que dão origem às montanhas. As conseqüências do tectonismo podem ser várias, como por exemplo a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e cadeias de montanhas.

Vulcanismo
É a ação dos vulcões. Chamamos de vulcanismo o conjunto de processos através dos quais o magma e seus gases associados ascendem através da crosta e são lançados na superfície terrestre e na atmosfera. Os materiais expelidos podem ser sólidos, líquidos ou gasosos, e são acumulados em um depósito sob o vulcão, até que a pressão faça com que ocorra a erupção. As lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem. A maioria dos vulcões da Terra está concentrada no Círculo de Fogo do Pacífico, desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas.

Abalos sísmicos ou Terremotos
Um terremoto ou sismo é um movimento súbito ou tremor na Terra causado pela liberação abrupta de esforços acumulados gradativamente. Esse movimento propaga-se pelas rochas através de ondas sísmicas (que podem ser detectadas e medidas pelos sismógrafos). O ponto do interior da Terra onde se inicia o terremoto é o hipocentro ou foco. O epicentro é o ponto da superfície terrestre onde ele se manifesta. A intensidade dos terremotos é dada pela Escala Richter, que mede a quantidade de energia liberada em cada terremoto.

Intemperismo
O intemperismo, também conhecido como meteorização, é o conjunto de processos mecânicos, químicos e biológicos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas. A rocha decomposta transforma-se em um material chamado manto ou regolito. No caso da desintegração mecânica (ou física), as rochas podem partir-se sem que sua composição seja alterada. Nos desertos, as variações de temperatura acabam partindo as rochas, assim como nas zonas frias, onde a água se infiltra nas rachaduras das rochas.


NÃO ESQUEÇA!!!!!

Epirogênese: São movimentos de longa duração geológica, como o soerguimento lento da península escandinávia ou o rebaixamento progressivo da fachada litorânea da Holanda. Os padrões de modelagem da superfície terrestre são modificados pela epirogênese. O levantamento de extensas áreas continentais muda a configuração da drenagem dos rios. O arqueamento torna os deníveis mais acentuados e provoca aumento da velocidade das águas e do trasporte de detritos, intensificando a erosão. Por outro lado, as bacias formadas no interior dos continentes, por rebaixamento epirogênico, recebem os sedimentos transportados das áreas mais elevadas.

Orogênese:  São movimentos de curta duração, como o erguimento das cadeias montanhosas do período terciário. Eles atuam sobre zonas de instabilidade da crosta, nos limites das placas tectônicas. Ao contrário da epirogênese, que resulta de pressão vertical, a orogênese resulta da pressão horizontal exercida pelo choque das placas, resultando em dobras e falhas.

DOBRAS: As dobras acontecem devido a fortes pressões exercidas em terrenos pouco resistentes e plásticos.
FALHAS: São fraturas que formam-se em áreas onde as rochas são rígidas e resistentes às forças internas e "quebram-se" em vez de dobrar.

Transgressões e Regressões marinhas

Denomina-se transgressões marinhas a invasão de superfícies continetais pelas águas oceânicas. Elas podem ser provocadas por epirogênese negativa, ou seja, pelo rebaixamento de blocos continetais, ou por aquecimento global e conseqüente derretimento de porções das geleiras polares. As regressões marinhas, ao contrário, provocam a emersao de superfície originalmente recobertas pelo mar, e são causadas por movimentos epirogênicos negativos ou pelo esfriamento global.

Agentes externos: São os que são originados e atuam na Parte externa do planeta , fora da litosfera. São os que são originados e atuam na Parte externa do planeta , fora da litosfera. São os que são originados e atuam na Parte externa do planeta , fora da litosfera.

1-Intemperismo –São processos físicos e biológicos (água, vento, calor, do frio , seres vivos) atuam provocando o desgaste (erosão) das rochas

Pode ser físicos e químicos e Biológicos.

a) Físicos –A variação de temperatura (calor,frio), pode causar ruptura da rocha , desagregando a mesmo .

b) Químico –Ação da água e junto com o CO2 dissolvido e, em alguns casos, ácidos orgânicos formados pela decomposição de resíduos de vegetais.Aqui vale o ditado , “’agua mole em pedra dura , tanto bate até que fura”. O trabalho da água desagrega , desgasta a rocha , provocando erosão.

c) Ação Biológica (seres vivos)- As plantas e os animais podem atuar como agentes erosivos.O homem por exemplo ao arar a terra pode causar ruptura da rocha , quando essa é impactada pela maquino (trator). Uma semente ao brotar , pode expandir-se(raízes) causando ruptura de material rochoso.

2-Águas Correntes 

Rios –, os rios escavam leitos, formam vales, destroem e transportam rochas e sedimentos, depositando-os e formando novas feições de relevo, como, por exemplo, as planícies e os deltas.

Realiza o trabalho de :

Acumulação – Ilhas e deltas.

Deltas- Formação de ilhas na foz.

Desgaste-Formam canyons , vales .

Enxurradas: Geramvoçorocas ou ravinas, que são fendas escavadas pelas chuvas

3- Ação dos Ventos 

Realiza dois trabalhos:

Acumulação- Formação de dunas(litoral) , ergs e hamadas (dunas nos desertos)

Desgaste ou erosão poder ser por:

Corrassão- Quando o vento atira matérias na rocha , impactando e provocando “quebra” ( ruptura).

Deflação-Quando o vento limpa a superfície da rocha , “carregando”o material , provocando desgaste.

4 - Ação das Geleiras – Grandes blocos de gelo movem-se lentamente, por ação da gravidade, causando profundos desgastes nas rochas. Provocam a abertura de vales em forma de “U” ou de “V”, estes últimos conhecidos como fiordes.
Nas montanhas o gelo derrete levando o material para as partes baixas(sopé) , formando morenas ou morainas.