quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Muro de Berlin - Linha do tempo








1961 Construção do muro na cidade de Berlim, dividindo a capital alemã em duas: Berlim Ocidental e Berlim Oriental. Da mesma forma, a Alemnaha foi separada em República Federal da Alemanha (RFA), que integrava o bloco dos países capitalistas, e República Democrática Alemã (RDA), pertencente ao grupo dos países comunistas. Dessa forma, o muro simbolizava a Guerra Fria.

1989 Um decreto assegura a destruição do Muro de Berlim, que começou a ser derrubado no dia 9 de novembro, marcando o início do processo de reunificação do país.

1990 Um tratado internacional assinado em Moscou por União Soviética, Grã- Bretanha, França e Estados Unidos devolve a soberania ao país, e a Alemanha volta a ser unificada. É adotada uma moeda única e o modelo capitalista, antes restrito ao lado ocidental, é expandido.

1991
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) é dissolvida e o comunismo perde sua força no mundo. Termina o período conhecido por Guerra Fria - disputa entre comunistas e capitalistas iniciada após a Segunda Guerra Mundial, em 1945.

2009 Hoje, a Alemanha é a maior potência da União Europeia e a terceira maior força econômica do mundo. É polo produtor de tecnologia, referência no sistema de segurança social, desenvolvimento de fontes de energia renovável e uma das maiores exportadoras de armas.

O Golpe de 1930: 80 anos da chegada de Getúlio Vargas ao poder

         

O Brasil era uma terra de contrastes em 1930: um país dominado pelas oligarquias cafeeiras, que através da política dos governadores e da política do café-com-leite dominavam o cenário político, mas que já apresentava elementos de um mundo urbano e industrial que havia começado a se estruturar com mais proeminência nas primeiras décadas do século XX.
A crise política do governo Washington Luís e a quebra da Bolsa de Valores de Nova York de 1929, e suas ressonâncias na economia brasileira, com a drástica diminuição das exportações do café, proporcionariam inúmeras mudanças nos rumos do país. A falência de grande parte dos cafeicultores romperia com o sistema do café-com-leite, pois, nas eleições de 1930, os fazendeiros paulistas exigiram que Washington Luís lançasse outro paulista (Júlio Prestes) como seu sucessor, destruindo a aliança entre São Paulo e Minas Gerais.
As oligarquias mineiras, apoiadas por alguns tenentistas, contra-atacaram lançando uma chapa oposicionista, a “Aliança Liberal”, formada pelo gaúcho Getúlio Vargas e pelo paraibano João Pessoa. A plataforma de oposição baseava-se num esquema de reformas políticas, como a instituição do voto secreto, anistia política e criação de uma legislação trabalhista.
Nas eleições de 1930, as fraudes permitiram a apertada vitória de Júlio Prestes. No Sul, Getúlio Vargas iniciou as negociações políticas com os grupos vencedores. Parecia que, mais uma vez, as mudanças políticas seriam adiadas.
Entretanto, em 26 de julho de 1930 João Pessoa foi assassinado pelo advogado João Dantas. Aquele episódio, que a princípio não guardava características políticas, deu-se por motivos passionais, acabou servindo como o mote que a oposição esperava para fazer uma revolução.

Neste contexto, os integrantes da Aliança Liberal comandaram tropas que se deslocaram do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro. Sem grandes problemas, Vargas chegou ao Rio de Janeiro no início de outubro. No dia 24, Washington Luís foi deposto pelo golpe e Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório. Acabava, assim, a chamada “República Oligárquica”.

A Energia Geotérmica

A energia geotérmica existe desde que o nosso planeta foi criado. Geo significa terra e térmica significa calor, por isso, geotérmica é a energia calorífica que vem da terra.
Alguma vez partiste ao meio um ovo cozido sem lhe tirar a casca? O ovo é como a terra por dentro. A gema amarela é semelhante ao centro da terra, a parte branca corresponde ao manto da terra e a pequena casca protectora assemelha-se á crosta terrestre.
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Abaixo da crosta terrestre, ou seja, a camada superior do manto é constituída por uma rocha líquida, o magma (encontra-se a altas temperaturas). A crosta terrestre flutua nesse magma.
Por vezes, o magma quebra a crosta terrestre chegando á superfície, a este fenómeno natural chama-se vulcão e o magma passa a designar-se lava. Em cada 100 metros de profundidade a temperatura aumenta 3º Celsius.
A água contida nos reservatórios subterrâneos pode aquecer ou mesmo ferver quando contacta a rocha quente. A água pode mesmo atingir 148º Celsius.Existem locais, as furnas, onde a água quente sobe até á superfície terrestre em pequenos lagos. A água é utilizada para aquecer prédios, casas ou piscinas no Inverno, e até para produzir electricidade. Em Portugal existem furnas nos Açores. hotspring.jpg (14109 bytes)
Em alguns locais do planeta, existe tanto vapor e água quente que é possível produzir energia eléctrica. Abrem-se buracos fundos no chão até chegar aos reservatórios de água e vapor, estes são drenados até á superfície por meio de tubos e canos apropriados.
Através destes tubos a o vapor é conduzido até á central eléctrica geotérmica. Tal como numa central eléctrica normal, o vapor faz girar as lâminas da turbina como uma ventoinha. A energia mecânica da turbina é transformada em energia eléctrica através do gerador. A diferença destas centrais eléctricas é que não é necessário queimar um combustível para produzir electricidade.
Após passar pela turbina o vapor é conduzido para um tanque onde vai ser arrefecido. O fumo branco que se vê na figura é o vapor a transformar-se novamente em água no processo de arrefecimento. A água é de novo canalizada para o reservatório onde será naturalmente aquecida pelas rochas quentes.
Na Califórnia existem 14 locais onde se pode produzir electricidade a partir da energia geotérmica. Alguns deles ainda não são explorados porque os reservatórios subterrâneos de água são pequenos e estão muito isolados ou a temperatura da água não é suficientemente quente. A energia eléctrica gerada por este sistema na Califórnia é suficiente para abastecer 2 milhões de casas.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Biomassa


Biomassa é um material constituído por substâncias de origem orgânica (vegetal, animal e microrganismos). Plantas, animais e seus derivados são biomassa. A utilização como combustível pode ser feita a partir de sua forma bruta, como madeira, produtos e resíduos agrícolas, resíduos florestais, resíduos pecuários, excrementos de animais e lixo. Ao contrário das fontes fósseis de energia, como o petróleo e o carvão mineral, a biomassa é renovável em curto intervalo de tempo.

Da biomassa resultam vários combustíveis diretos ou derivados, desde a lenha tradicionalmente usada para cozinhar, até os combustíveis líquidos que substituem os derivados do petróleo.

Uma das grandes vantagens da biomassa é a variedade de formas de sua utilização. Pode-se usar biomassa como combustível na forma de gases, líquidos ou sólidos. É um material versátil e provavelmente o único combustível primário que, na forma de álcool ou óleo, pode substituir a gasolina ou o diesel nos carros e caminhões.

Por sua versatilidade, pode-se escolher o material que seja mais adequado ao solo, ao clima, e às necessidades sócio-econômicas. O tempo necessário para a produção desses combustíveis pode variar de semanas a anos.

O Brasil possui características especialmente adequadas à produção de biomassa para fins energéticos: clima tropical úmido, terras disponíveis, mão-de-obra rural abundante, carente de oportunidade de trabalho, e nível industrial tecnológico compatível.

Comparada às opções energéticas de origem fóssil, a biomassa possui um clico extremamente curto,. Além de pequeno tempo necessário à sua produção, a fotossíntese, processo produtivo da biomassa, capta em geral quantidades superiores àquelas dos gases emitidos na queima para a formação de mais matéria-prima. Nesse processo, o clico do carbono é de curta duração, limitando-se à superfície terrestre.

Em suma, as vantagens da utilização da biomassa como combustível são as seguintes:

•A biomassa tem um baixo custo de produção e de aquisição;

•A biomassa é renovável;

•A biomassa permite o reaproveitamento de resíduos;

•A biomassa é menos poluente do que outras formas de energias, como aquela que é obtida a partir de combustíveis fósseis.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Etanol - Brasil


O Brasil é o país mais avançado, do ponto de vista tecnológico, na produção e no uso do etanol como combustível, seguido pelos EUA e, em menor escala, pela Argentina, Quênia, Malawi e outros. A produção mundial de álcool aproxima-se dos 40 bilhões de litros, dos quais presume-se que até 25 bilhões de litros sejam utilizados para fins energéticos. O Brasil responde por 15 bilhões de litros deste total. O álcool é utilizado em mistura com gasolina no Brasil, EUA, UE, México, Índia, Argentina, Colômbia e, mais recentemente, no Japão. O uso exclusivo de álcool como combustível está concentrado no Brasil. A Figura 1 compara a produção de etanol em diferentes países e a Figura 2 demonstra como o ganho de escala, a prática empresarial e as inovações tecnológicas tornaram o álcool competitivo com a gasolina.

O álcool pode ser obtido de diversas formas de biomassa, sendo a cana­de-açúcar a realidade econômica atual. Investimentos portentosos estão sendo efetuados para viabilizar a produção de álcool a partir de celulose, sendo estimado que, em 2020, cerca de 30 bilhões de litros de álcool poderiam ser obtidos desta fonte, apenas nos EUA. O benefício ambiental associado ao uso de álcool é enorme, pois cerca de 2,3 t de CO2 deixam de ser emitidas para cada tonelada de álcool combustível utilizado, sem considerar outras emissões, como o SO2.

A cana-de-açúcar é a segunda maior fonte de energia renovável do Brasil com 12,6% de participação na matriz energética atual, considerando-se o álcool combustível e a co-geração de eletricidade, a partir do bagaço. Dos 6 milhões de hectares, cerca de 85% da cana-de-açúcar produzida no Brasil está na Região Centro-Sul (concentrada em São Paulo, com 60% da produção) e os 15% restantes na região Norte-Nordeste.

Na safra 2004, das cerca de 380 milhões de toneladas moídas, aproximadamente 48% foram destinadas à produção de álcool. O bagaço remanescente da moagem é queimado nas caldeiras das usinas, tornando-as auto-suficientes em energia e, em muitos casos, superavitárias em energia elétrica que pode ser comercializada. No total foram produzidos 15,2 bilhões de litros de álcool e uma geração de energia elétrica superior a 4 GWh durante a safra, o que representa aproximadamente 3% da nossa geração anual.

Apesar de todo o potencial para a co-geração, a partir do aumento da eficiência energética das usinas, a produção de energia elétrica é apenas uma das alternativas para o uso do bagaço. Também estão em curso pesquisas para transformá-lo em álcool (hidrólise lignocelulósica), em biodiesel, ou mesmo, para o seu melhor aproveitamento pela indústria moveleira e para a fabricação de ração animal.

Energia Nuclear: Geração de Energia

Uma das principais utilizações da energia nuclear é a geração de energia elétrica. Usinas nucleares são usinas térmicas que usam o calor produzido na fissão para movimentar vapor de água, que, por sua vez, movimenta as turbinas em que se produz a eletricidade. Em um reator de potência do tipo PWR (termo, em inglês, para reator a água pressurizada), como os reatores utilizados no Brasil, o combustível é o urânio enriquecido cerca de 3,5%.


Isso significa que o urânio encontrado na natureza, que contém apenas 0,7% do isótopo 235U, deve ser processado (‘enriquecido’) para que essa proporção chegue a 3,5% (figura 3). Em reatores de pesquisa ou de propulsão – estes últimos usados como fonte de energia de motores em submarinos e navios –, o enriquecimento pode variar bastante. Para a confecção de bombas nucleares, é necessário um enriquecimento superior a 90%.


O processo completo de obtenção do combustível nuclear é conhecido como ciclo do combustível e compreende diversas etapas:

i) extração do minério do solo;

ii) beneficiamento para separar o urânio de outros minérios;

iii) conversão em gás do produto do beneficiamento, o chamado yellow cake (ou ‘bolo amarelo’);

iv) enriquecimento do gás, no qual a proporção de 235U é aumentada até o nível desejado;

v) reconversão do gás de urânio enriquecido para o estado de pó;

vi) fabricação de pastilhas a partir da compactação do pó;

vii) e finalmente a montagem dos elementos combustíveis, quando se colocam as pastilhas em cilindros metálicos que irão formar os elementos combustíveis do núcleo do reator.

Atualmente, no mundo, estão em operação 440 reatores nucleares voltados para a geração de energia em 31 países. Outros 33 estão em construção. Cerca de 17% da geração elétrica mundial é de origem nuclear, a mesma proporção do uso de energia hidroelétrica e de energia produzida por gás.

Alguns países desenvolvidos têm seu abastecimento de energia elétrica com um alto percentual de geração nuclear. Entre eles, a França tem 78%, a Bélgica 57%, o Japão 39%, a Coréia do Sul 39%, a Alemanha 30%, a Suécia 46%, a Suíça 40%. Somente nos Estados Unidos, os 104 reatores em funcionamento, que geram 20% da eletricidade daquele país, produzem mais eletricidade que todo o sistema brasileiro de geração elétrica. Além desses reatores, funcionam mais 284 reatores de pesquisa em 56 países, sem contar um número estimado de 220 reatores de propulsão em navios e submarinos.

domingo, 26 de setembro de 2010

Etanol (01)

Álcool é,na química, o nome genérico de substâncias que tem grupos hidroxila (-OH) ligados a um átomo de carbono, ma para nós brasileiros é um velho companheiro e representa para os economistas a não dependência do mercado externo de combustíveis, a base de petróleo. Para os cientistas e ambientalistas é o chamado combustível verde.

O Álcool que produzimos é o Etanol, vindo principalmente da cana de açúcar, mas outros álcoois, gerados apartir de outras matérias primas, também são alternativas interessantes.

O que é o Etanol?

O Etanol (álcool etílico) é limpo, sem cor e tem um odor agradável, diluído em agua apresenta um sabor doce, mas na forma concentrada é um poderoso combustível.

O etanol combustível é composto, aqui no Brasil, de 96% de etanol e 4% de água, e aparece na nossa gasolina, como substituto do chumbo, com 22%, formando o chamado gasool.



O que é o biodiesel


O biodiesel é um combustível renovável, pois é produzido a partir de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol (pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras). Ou seja, um combustível totalmente limpo, orgânico e renovável.

A tecnologia de fabricação do biodiesel está em desenvolvimento avançado no Brasil. A Petrobrás possui esta tecnologia e o combustível orgânico já está sendo utilizado em alguns veículos em nosso país. Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir nos veículos os combustíveis fósseis. Será um grande avanço em busca da diminuição da poluição do ar.

Vantagens do biodiesel:

- A queima do biodiesel gera baixos índices de poluição, não colaborando para o aquecimento global.

- Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural.

- Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleoginosos no campo.

- Deixa as economias dos países menos dependentes dos produtores de petróleo.

- Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo.

Desvantagens do biodiesel

- Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta.

- Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pesca e carcinicultura // RN lidera exportação de pescado

O Rio Grande do Norte se mantém na liderança da exportação de pescado e é o segundo maior produtor de camarão do Brasil. Entre janeiro e julho deste ano, o estado exportou R$ 11,2 milhões em pescado, R$ 9,99 milhões em camarão e R$ 4,38 milhões em lagosta. A produção de camarão gera cerca de 12 mil empregos diretos no Rio Grande do Norte. Já na atividade pesqueira, artesanal e industrial, são gerados 40 mil empregos.

O desempenho potiguar é notável ao manter-se no patamar de liderança nas exportações de pescado, mesmo com os problemas gerados pela crise econômica internacional, que afetou o poder de compra de milhões de pessoas nos países da Europa e nos Estados Unidos, consumidores diretos do produto.

Um dos fatores para esse resultado foi a política de incentivos ao setor. No início deste mês, o governador Iberê Ferreira assinou decreto isentando de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) os reprodutores vivos de alta linhagem de camarão marinho, larvas e pós-larvas, produzidos no Brasil, nas saídas internas e interestaduais.

"Sabemos da importância da pesca e da produção de camarão para a vida de milhares de norteriograndenses e para a nossa economia. Estamos investindo em incentivos fiscais com isenção de ICMS, na construção do Terminal Pesqueiro que vai impulsionar a atividade pesqueira, em pesquisas e apoio tecnológico, e na qualificação de profissionais", destacou o governador.

Outro incentivo é o programa que isenta o pagamento de ICMS do óleo diesel para as embarcações pesqueiras, vigente desde 2003 e considerada a primeira política pública de impacto voltada para o crescimento da atividade pesqueira. O custo do óleo diesel representa 40% das despesas de armação de um barco de pesca. O objetivo é dar competitividade a frota potiguar frente aos barcos internacionais. O benefício é garantido durante todo o ano. Em outros estados, que adotam medida semelhante, a isenção de ICMS é válida durante oito ou nove meses.

Carcinicultura no Rio grande do Norte

A atividade de carcinicultura marinha no Rio Grande do Norte tem se desenvolvido muito nos últimos anos, colocando o Estado entre os maiores produtores de camarão cultivado do país. Tal posição justifica-se, principalmente, pelas condições climáticas favoráveis e disponibilidade de áreas propícias à exploração da atividade, o que tem atraído a atenção de muitos investidores para o Rio Grande do Norte. Recentemente, com o crescimento do número de fazendas produtoras, verificou-se um aumento da área física ocupada pela atividade. Além disso, a introdução de novas tecnologias, em toda a cadeia produtiva, modificou positivamente os níveis de sobrevivência final, proporcionando um incremento na produtividade e, conseqüentemente, na produção total de camarão cultivado no Estado.

No entanto, a rápida expansão do setor tem gerado grande concentração de fazendas de produção em alguns estuários. A questão da distribuição geográfica das unidades de cultivo implantadas e em implantação, somada à intensificação dos cultivos, tem levado o setor a preocupar-se com a capacidade de suporte dos estuários, no que diz respeito à qualidade da água e a assistência técnica para os pequenos produtores. Por outro lado, a ameaça constante de doenças exógenas faz com que medidas de bioseguridade necessitem ser efetivamente implantadas.

Outro fator observado é a dificuldade encontrada pelos produtores para regularizar sua situação junto aos órgãos licenciadores da atividade, haja vista a discrepância nos dados oficiais sobre número de fazendas, produção total e condições de cultivo.

As duas principais áreas de produção, são o Litoral ao sul e ao norte de Natal e o Litoral salineiro.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pobreza nos Estados Unidos

 
A quantidade de pessoas pobres nos Estados Unidos cresceu pelo terceiro ano consecutivo, passando de 39,8 milhões em 2008 para 43,6 milhões em 2009, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo órgão responsável pelo censo do país.
 
O número, o maior nos 51 anos em que a pesquisa é feita, reflete o impacto da crise financeira mundial sobre a economia americana.
 
De acordo com dados do censo oficial dos Estados Unidos, relativo a 2009, perto de quatro de milhões de americanos a juntaram-se ao número dos que vivem abaixo do nível de pobreza, com menos de 22.000 dólares (cerca de 16.930 euros) por ano para uma família de quatro elementos. 
 
A taxa de pobreza no país passou de 13,2% em 2008 para 14,3% em 2009, a maior desde 1994. Isso significa que, no ano passado, um em cada sete americanos vive na pobreza.

Estado do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na Região Nordeste e tem como limites a norte e a leste o Oceano Atlântico, ao sul com a Paraíba e a oeste com o Ceará. Ocupa uma área de 52.796,791 km², sendo pouco maior que a Costa Rica. Sua capital é a cidade de Natal.

As cidades mais populosas são: Natal, Mossoró, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba e Caicó. O território apresenta um relevo modesto, com mais de 80% de sua área possuindo menos de 300m de altura. Mossoró, Apodi, Açu, Piranhas, Potenji, Trairi, Jundiaí, Jacu, Seridó e Curimataú são os rios principais. Veja lista de rios do Rio Grande do Norte.

O clima é tropical e sua economia está em franca expansão. Na extração mineral a produção é principalmente de petróleo (maior produtor do país em solo continental) e sal marinho. No setor agropecuário, destaca-se a carcinocultura, a fruticultura irrigada (abacaxi, banana, melão e coco-da-baía, dentre outros) e a tradicional pecuária. Na indústria, são relevantes o parque têxtil e o as instalações de processamento de petróleo e gás natural da Petrobrás.

Embora o maior litoral dentre os estados brasileiros seja o da Bahia, o Rio Grande do Norte é o com maior projeção para o Atlântico, já que se situa em uma região onde o litoral brasileiro faz um ângulo agudo, a chamada "esquina do Brasil". Foi por esse motivo, que os americanos decidiram estabelecer uma base aérea no estado durante a Segunda Guerra Mundial. Tal base, de tão importante que foi para o sucesso no desembarque na Normândia, foi apelidada na época de "Trampolim da Vitória", devido ao grande "salto" que ela proporcionou para a frente aliada.

Geo-Economia do Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte está localizado na região Nordeste. Sua extensão territorial é de 52.796,791 quilômetros quadrados, divididos em 167 municípios. Conforme contagem populacional realizada em 2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado totaliza 3.137.541habitantes.
As atividades econômicas do estado contribuem da seguinte forma para o Produto Interno Bruto (PIB) estadual: Agropecuária (5,1%), Indústria (24%) e Serviços (70,9%), assim destacadas:

A agricultura é bem diversificada, com enfoque para o cultivo de arroz, algodão, feijão, fumo, mamona, cana-de-açúcar, mamão, melão, coco, mandioca, melancia, manga, acerola, banana, caju e milho. O desenvolvimento de técnicas para a prática da fruticultura irrigada proporcionou um grande aumento da produtividade, fortalecendo as exportações, especialmente para a Europa.

A agropecuária potiguar também representa um forte segmento econômico, representada pelos rebanhos bovinos, caprino, ovinos e suinos, além de aves.

A atividade industrial concentra-se na região metropolitana de Natal, com destaque para os produtos têxteis, bebidas, agroindústrias e indústrias de automóvel. A indústria petrolífera é de fundamental importância para a economia do Rio Grande do Norte, uma vez que o estado é o maior produtor nacional de petróleo em terra, além de possuir três unidades de processamento de gás natural. Além dos Pólos inustriais de Mossoró e do Seridó

 
Litoral do Rio Grande do Norte. Com belas praias, o turismo é outro elemento importante na economia estadual. São mais de 2 milhões de visitantes anualmente, sendo que os principais destinos são as praias de Ponta Negra, Pipa e Genipabu. Essa atividade é responsável por empregar mais de 120 mil pessoas, além de estar vinculada a outras 54 atividades, direta ou indiretamente.

A mineração destaca-se com a extração de sal marinho (cerca de 90% da produção nacional), calcário, estanho, gás natural, petróleo, ferro, tantalita,calcário e xelita.

Outro segmento que merece destaque é a produção de camarão, a qual tem apresentado um quadro bastante evolutivo. Atualmente, o estado é o maior exportador brasileiro do crustáceo.

Dados de exportação e importação do Rio Grande do Norte:

Exportação – 347,5 milhões de dólares.

Frutas frescas: 29%
Castanha de caju: 13%
Crustáceos: 11%
Combustíveis e lubrificantes para embarcações e aeronaves: 9%
Fios, tecidos e confecções: 7%
Açúcares: 7%
Produtos de confeitaria: 6%
Outros: 18%

Importações – 207,3 milhões de dólares

Plástico e seus produtos: 17%
Trigo: 15%
Máquinas e equipamentos: 13%
Tubos de ferro e aço: 8%
Máquinas têxteis: 7%
Geradores: 7%
Algodão: 5%
Embalagens de papel: 4%
Outros: 24%

O Produto Interno Bruto (PIB) estadual atingiu a marca de 22.926 milhões de dólares, visto que a economia está em constante processo de desenvolvimento. No entanto, sua participação no PIB do Nordeste é de apenas 6,6% e no âmbito nacional, essa marca atinge 0,9%.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Inversão Térmica

 
Este fenômeno climático ocorre principalmente nos grandes centros urbanos, regiões onde o     nível de poluição é muito elevado. A inversão térmica ocorre quando há uma mudança abrupta de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes.

Como ocorre a Inversão Térmica
A camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando numa região próxima a superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, por ser mais leve, fica numa camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.

Este fenômeno climático pode ocorrer em qualquer dia do ano, porém é no inverno que ele é mais comum. Nesta época do ano as chuvas são raras, dificultando ainda mais a dispersão dos poluentes, sendo que o problema se agrava. 

Nas grandes cidades, podemos observar no horizonte, a olho nu, uma camada de cor cinza formada pelos poluentes. Estes são resultado da queima de combustíveis fósseis derivados do petróleo (gasolina e diesel principalmente) pelos automóveis e caminhões. 

Problemas de Saúde
Este fenômeno afeta diretamente a saúde das pessoas, principalmente das crianças, provocando doenças respiratórias, cansaço entre outros problemas de saúde. Pessoas que possuem doenças como, por exemplo, bronquite e asma são as mais afetadas com esta situação.

Soluções
Soluções para estes problemas estão ligados diretamente à adoção de politicas ambientais eficientes que visem diminuir o nível de poluição do ar nos grandes centros urbanos. A substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis ou energia elétrica poderia reduzir significativamente este problema. Campanhas públicas conscientizando as pessoas sobre a necessidade de trocar o transporte individual (particular) pelo transporte público (ônibus e metrô) também ajudaria a amenizar o problema. A fiscalização nas regiões onde ocorrem queimadas irregulares também contibuiria neste sentido.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Chuvas Ácidas


A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
        O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton e o restante permanece na atmosfera.
        Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. A queima do carbono pode ser representada pela equação:
                                                                C + O2   --->  CO2
      Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas.
        O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a preciptação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios.
  
  Na natureza, a água reage com certos óxidos formando ácidos. É o caso sa reação da água com o dióxido de carbono, ou gás carbônico (CO2), formando o ácido carbônico:
H2O + CO2   ®    H2CO3

    Esse ácido é útil ao ecossistema, pois participa do processo químico de formação dos solos argilosos. É o ácido carbônico que reage com o feldspato, formando a argila. É interessante lembrar ainda que o ácido carbônico é um compostos instável, desdobrando-se facilmente na natureza novamente em água e dióxido de carbono.
    
Alguns ácidos, no entanto, são muito agressivos aos ecossistemas, sendo considerados poluentes altamente nocivos. São ácidos formados pela reação da água com óxidos liberados pelas indústrias e veículos automotivos, principalmente.
  
  Um exemplo é o dióxido de enxofre (SO2), que reage com o oxigênio do ar, dando SO3, que em seguida com o vapor d’água da atmosfera, forma o ácido sulfúrico (H2SO4):
SO2  +  1/2O2    ®    SO3
SO3  +  H2O      ®    H2SO4

         Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis.

domingo, 12 de setembro de 2010

CONSEQUÊNCIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL



• As altas temperaturas podem influenciar no ciclo da chuva, causando tempestades, secas e demais problemas.

• Florestas podem virar verdadeiros desertos

• O derretimento das calotas polares fará com que o nível do mar aumente, fazendo com que as cidades litorâneas sumam do mapa literalmente, A cobertura de gelo da região no verão diminuiu ao ritmo constante de 8% ao ano há três décadas. No entanto, a temperatura na região era superior à actual nas décadas de 1930 e 1940, sendo os glaciares mais pequenos do que hoje. Em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979, uma redução de 1,3 milhões de quilómetros quadrados, o equivalente à soma dos territórios da França, da Alemanha e do Reino Unido.

• Com o aumento da temperatura, poderá aumentar ainda mais os casos de doenças como malaria, diarréia, dentre outras

• Maior escassez de comida e de água.
 
No entanto, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antárctida, onde 90% do gelo do planeta está acumulado; nos restantes 98%, houve um resfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século.

Mesmo um aquecimento de 3 a 6 graus tem um efeito relativamente insignificante já que a temperatura média da Antárctida é de 40 graus negativos. É de notar igualmente que no período quente da Idade Média havia quintas dos Viking na Gronelândia e também não havia gelo no Árctico. E, mesmo que derretesse todo o gelo do Árctico, isso não afectaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando flutua.

. Os furacões estão cada vez mais fortes. Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.

. O Brasil e outros Países na rota dos ciclones.
O litoral sul do Brasil foi varrido por um forte ciclone em 2004.

. O nível do mar subiu.

A elevação desde o início do século passado está entre 10 e 25 centímetros. Em certas zonas litorais, como algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta. Actualmente, o painel inter-governamental de mudança climática estima que o nível das águas poderá subir entre 14 e 43 cm até o fim deste século. Estudos recentes parecem indicar que, contrariamente ao que antes se pensava, o aumento das taxas de CO2 na atmosfera não está provocando nenhuma aceleração na taxa de subida do nível do mar.

. Os desertos crescem. O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilómetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano.

. As mortes aumentam.

A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros factores relacionados directamente ao aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.


Efeito Estufa

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.

Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente. O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas.

Se a terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera, seria demasiado fria para a vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudessemos estar aqui discutindo-a.

O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.


Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera duplicou nos últimos cem anos. Neste ritmo e com o abatimento massivo de florestas que se tem praticado (é nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta) o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global, o que, mesmo tratando-se de poucos graus, levaria ao degelo das calotes polares e a grandes alterações a nível topográfico e ecológico do planeta.

sábado, 11 de setembro de 2010

Ilhas de Calor


É um fenômeno climático que ocorre nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores:

Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto...

Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície(quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor

Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que rediz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo

Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos.

Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera(Efeito Estufa)

Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera.

Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é mais quente que nas áreas que circundam esta cidade. Por exemplo, num campo de cultivo que situa-se nas redondezas de uma grande cidade, há absorção de 75% de calor enquanto no centro dessa cidade a absorção de calor chega a significativos 98%! O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma taxa de calor muito alta, enquanto em suas redondezas a taxa de calor é normal. Ou seja, o poder refletor de calor de suas redondezas é muito maior do que no centro dessa cidade.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Tempo X Clima


Esta semana estava Eu em uma sala de aula de Mossoró, falando sobre a dinâmica atmosférica e do deslocamento das massas de ar, acabei me lembrando de como os conceitos de clima e de tempo são confundidos. E isso é tão constante que, de quando em vez até os Homens e Moças tempo” afirmam com a maior contundência coisas do tipo: “O clima vai mudar amanhã”, "O clima esfriará nos próximos dias".

Com frequência se confunde tempo e clima de um lugar. O tempo atmosférico é determinado pela temperatura, pressão atmosférica, direção dos ventos, nebulosidade, umidade etc., registrados em uma determinada hora. O tempo muda rapidamente, conforme as variações das condições atmosféricas. Cidades com climas diferentes podem apresentar tempo semelhante num dado momento.

Desse modo, tempo traduz algo momentâneo, mutável e que é quase impossível de se repetir exatamente com as mesmas características.

Já o clima refere-se a esses mesmos fenômenos, que são traduzidos com uma dimensão mais duradoura e estável, normalmente, no decorrer de um período de trinta anos. A análise contínua de dados meteorológicos também indica as possíveis variações ou mudanças que possam ocorrer como padrão para um determinado local.

Desta maneira, podemos definir o tempo como o estado momentâneo da atmosfera em um dado lugar em momento específicos, enquanto que o clima pode ser classificado como a sucessão periódica de determinados tipos de tempo, registrados em um período de aproximadamente 30 a 35 anos dinamizados pela ação das massas de ar.

Só para melhor ilustrar as situações vejam os exemplos a seguir:
Mossoró é uma cidade quente e seca (O clima é quente e seco)
Natal está chuvosa e fria (O tempo está chuvoso e frio)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Direita X Esquerda

"Esquerda" e "Direita" são uma forma comum de classificar posições políticas, ideológicas, ou partidos políticos.
A oposição entre as duas correntes é imprecisa, ampla, e consiste numa interpretação dicotômica de uma série de fatores determinantes. Geralmente são entendidas como polaridades opostas de um mesmo espectro político e ideológico. Assim, um partido poderia ser "esquerda" em determinadas instâncias e "direita" em outras. Podemos destacar duas situações, para melhor explicar a origem dos termos:

A primeira mostra a origem dos termos remontantando à Revolução Francesa, onde os membros do Terceiro Estado se sentavam à esquerda do rei enquanto os do clero e da nobreza se sentavam à direita. Os mais radicais que normalmente eram contra as decisões ficaram conhecidos como a esquerda enquanto os favoráveis as decisões eram os de direita.

”Já a segunda: O termo esquerda e direita vai se acentuar na época da Convenção Nacional (1792- 1794), aí sim já com os partidos politicos definidos (Girondinos, Jacobinos e Pântano ou Planície), onde os Girondinos (sentados à direita no plenário) eram os representantes da alta ou grande burguesia e os Jacobinos (sentados à esquerda no plenário) eram representantes da pequena burguesia e do povo, eram os radicais.”

Significado dos termos

Apesar da popularidade dos termos, não há fatores determinantes e conclusivos que descrevam a "esquerda" ou a "direita", dependendo geralmente dos grupos e viés dos defensores de um lado ou de outro. Geralmente algumas definições usadas para definir os lados:
Esquerda Direita
Intervencionismo econômico Liberalismo econômico
Economia socializada Economia familiar
Estado grande Estado pequeno
Igualdade de renda Igualdade de oportunidades
Coletivismo Individualismo
A vontade do povo está acima da lei A lei está acima da vontade do povo

Terceiro Estado - o povo, na época da Revolução Francesa - carregando os nobres e o clero. Ele paga, mas não sabe para onde vai o dinheiro.

Em termos políticos e ideológicos, o uso dos termos esquerda, para designar o socialismo, e direita, o capitalismo, têm a sua origem à época da Revolução Francesa, ocorrida no final do século XVIII, quando o rei Luis XVI organizou uma eleição para formar uma Assembléia Nacional Constituinte, em que os escolhidos debateriam e votariam medidas para tentar solucionar as tamanhas dificuldades enfrentadas pela França.




Na ala direita do plenário, os integrantes do funcionalismo real, os nobres proprietários de terra, os burgueses enriquecidos e alguns clérigos recusavam qualquer tipo de reforma que atingisse seus antigos privilégios. Já na ala esquerda, os membros da pequena e média burguesia e demais simpatizantes buscavam uma grande reforma que aplacasse a grave crise nacional.

As diferenças de posicionamento não se manisfetavam apenas quanto à distribuição espacial dos lugares onde cada grupo se acomodava, mas expressava posturas e pensamentos totalmente antagônicos.

Os chamados políticos “de direita” representariam o interesse de grupos dominantes e a conservação dos interesses das elites. Por outro lado, os políticos “de esquerda” teriam uma orientação reformista baseada na conquista de benefícios às classes sociais menos privilegiadas.

Eis aí os motivos que explicam a adoção das palavras esquerda para classificar o socialismo e direita para o capitalismo.

Bandeira dos Estados Unidos estilizada com a foice e o martelo.

Independência do Brasil


A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.

Dia do Fico

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta idéia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."

O processo de independência

Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembléia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.

O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.

Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.

Pós Independência

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

sábado, 4 de setembro de 2010

Nordeste - Sertão e Secas

Sertão

Região de domínio do clima semi-árido, com vegetação de caatinga, destacando-se a pecuária extensiva de corte, com baixo rendimento.

Cultiva-se o algodão no Ceará e na Paraíba; nos vales secos dos rios é praticada a cultura de vazante. O Sertão possui significativas áreas mineradoras, tais como: Jaguarari (BA), produtora de cobre; Brumado (BA), produtora de magnesita.

A área do Polígono das Secas tem um índice pluviométrico variável de 300 a 800 mm/ano. Essa condição é agravada pela elevada média térmica, que contribui para a grande evaporação, a qual, somada à grande irregularidade na distribuição das chuvas, explica a semi-aridez da região.

A falta de chuvas regulares no Nordeste resulta de três fenômenos, segundo técnicos do INPE: a temperatura da água do Oceano Atlântico, o fenômeno El Niño, no Pacífico, e a pouca umidade atmosférica.

Segundo técnicos do INPE e cientistas da USP, a região atingida pelas secas é muito menor do que a delimitada pela Sudene. Na verdade, há uma “indústria da seca” exagerada para atrair verbas federais.

A seca no Nordeste é um problema sócio-político e não climático, pois já existe tecnologia capaz de garantir o sucesso da atividade agropecuária em regiões semi-áridas. Mas o que se criou foi uma indústria da seca que traz lucros aos grandes proprietários, em detrimento da grande massa da população.

A situação de pobreza do Nordeste é ainda agravada pela alta natalidade e pela concentração fundiária.


NORDESTE: REGIÕES FISIOGRÁFICAS

Seca

Mais uma vez, a Região Nordeste do Brasil é assolada pela seca, resultado da sobreposição de dois regimes secos. A estiagem estendeu-se por toda a região do Polígono das Secas, que abrange municípios do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais.

Para enfrentar o problema das secas que assolam a região e para tornar o Sertão, ou pelo menos parte significativa dele, efetivamente produtivo e inserido no contexto econômico regional e nacional, a solução parece estar no rio São Francisco, que beneficiaria a região por meio de um amplo projeto de irrigação de terras.

A Sudene pretendia implantar nessa região um projeto de irrigação, que seria o mais amplo, jamais visto no país. Tal projeto teria como base as águas do rio São Francisco, que teria suas águas desviadas para o Sertão através de canais e de um complexo sistema de bombeamento, e utilizadas na perenização de rios no interior dos Estados, principalmente em Pernambuco.

Experiências de irrigação de terras implantadas pela Sudene, sob a coordenação da Codevasf, foram muito bem-sucedidas. O Sertão baiano é hoje um grande produtor e exportador de frutas. A Bahia produz mais vinhas do que o Rio Grande do Sul, tradicional produtor.

Mas, apesar dos benefícios que seriam trazidos por esse projeto, são muitos os obstáculos técnicos para sua implantação. A começar por seu elevado custo. Além disso, deputados baianos são contrários a uma intervenção no leito do rio São Francisco, pois afirmam, e com razão, que, a jusante do ponto de intervenção, a vida econômica da região deverá ser alterada, sem mencionar os danos ao meio ambiente, ainda não devidamente avaliados.

Em agosto de 2001, o governo federal suspendeu a continuidade do projeto, pressionado pelo déficit fiscal.


NORDESTE: POLÍGONO DAS SECAS

SUDENE

Em maio de 2001, o governo federal decidiu pela extinção da SUDENE, tendo em vista problemas de corrupção que resultaram no desvio de R$ 1,7 bilhão. Os funcionários da antiga superintendência foram destinados a outras instituições federais e os planos, suspensos até que as análises demonstrem sua lisura.

Termina, assim, a mais antiga superintendência, criada em 1959 pelo governo de Juscelino Kubitchek de Oliveira. No decorrer desses 42 anos, sua atuação sempre foi discutida e sua principal função, que era dirimir os problemas trazidos pelas secas e apoiar o desenvolvimento do Nordeste, nunca foi cumprida plenamente.

Vegetação no Brasil


Associada aos diversos climas, relevos e solos existentes no Brasil há uma variedade de formações vegetais. A vegetação brasileira pode ser classificada em floresta Amazônica, mata Atlântica (florestas costeiras), caatinga, pantanal mato-grossense, cerrado, campos, mata de araucária, mata de cocais, mangue e restinga. Explorada desde a colonização, a vegetação original é a primeira fonte de riqueza do país. A extração de pau-brasil representa o início de um processo desordenado de utilização da cobertura vegetal, que persiste até hoje em diferentes níveis, e levou, praticamente, à extinção da mata Atlântica. Atualmente o desmatamento atinge sobretudo a Amazônia.

Floresta Amazônica–Ocupa cerca de 40% do território brasileiro – em uma área que abrange a totalidade da Região Norte, o norte de Mato Grosso e o oeste do Maranhão –, estendendo-se ainda pelos países vizinhos (Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia), além da Guiana Francesa. É uma floresta latifoliada (do latim, lati, que significa "largo"), ou seja, com predominância de espécies vegetais de folhas largas. Com características próprias de clima equatorial, tipicamente quente e superúmido, é também conhecida como hiléia. Apresenta grande heterogeneidade de espécies animais e vegetais e caracteriza-se por três diferentes matas: de igapó, várzea e terra firme. A mata de igapó corresponde à parte da floresta onde o solo se encontra inundado. Ocorre principalmente no baixo Amazonas e reúne espécies como liana, cipó, epífita, parasita e vitória-régia. A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais. Intermediárias entre os igapós e a terra firme, as espécies da mata de várzea têm formações variadas, como seringueira, palmeira, jatobá e maçaranduba. A altura dessas espécies aumenta à medida que se distanciam dos rios. As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do relevo. Com solo seco, livre de inundação, as árvores podem chegar a 65 m de altura. O entrelaçamento de suas copas, em algumas regiões, impede quase totalmente a passagem de luz, o que torna seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. Em terra firme encontram-se espécies como o castanheiro, o caucho e o guaraná.Os principais produtos extraídos da floresta são o guaraná, o látex e a castanha-do-pará. Embora sua exploração econômica possa ocorrer de forma a não interferir no equilíbrio ecológico e a garantir a sobrevivência de comunidades da floresta, ela continua acontecendo de maneira predatória na maioria dos casos. Os impactos ambientais de maior escala em toda a Amazônia têm sido provocados pela extração ilegal de madeira e pela destruição de extensas áreas, por meio de desmatamentos e queimadas, para a prática da agricultura e da pecuária. A floresta já perdeu uma área de 512.400 km², cerca de 12,8% de seu total de origem.

Mata Atlântica
–É uma floresta de clima tropical quente e úmido. Predomina na costa brasileira, onde planaltos e serras impedem a passagem da massa de ar, provocando chuva. Entre as florestas tropicais, é a que apresenta a maior biodiversidade por hectare do mundo, com espécies como ipê, quaresmeira, cedro, palmiteiro, canela e imbaúba. É a mais devastada das florestas brasileiras. No passado estendia-se do litoral do Rio Grande do Norte ao de Santa Catarina. No período colonial foi intensamente destruída para dar lugar à cultura canavieira no Nordeste e, posteriormente, no Sudeste, à cultura cafeeira. Os 7% restantes da mata original, que ocupava 1.290.692,4 km², encontram-se nas regiões Sul e Sudeste, preservados graças à presença da serra do Mar, obstáculo à ação humana. Atualmente, mesmo essa área se encontra em situação de risco, especialmente para espécies como jacarandá, cedro e palmito. Contribuem ainda com a devastação o turismo predatório e o elevado índice de poluição da costa brasileira.

Caatinga–Ocupa a região do sertão nordestino, de clima semi-árido, o que corresponde, aproximadamente, à décima parte do território brasileiro. É composta de plantas xerófilas, próprias de clima seco, adaptadas à pouca quantidade de água: os espinhos das cactáceas, por exemplo, têm a função de diminuir sua transpiração. O solo da caatinga é fértil quando irrigado. Essas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas. Por causa do baixo índice pluviométrico da região sertaneja, as plantas dependem de irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes.

Complexo do Pantanal- O Pantanal mato-grossense–É a maior planície inundável do mundo. Ocupa uma área de 150.000 km², englobando do sudoeste de Mato Grosso ao oeste de Mato Grosso do Sul até o Paraguai. Nessa formação podem ser identificadas três diferentes áreas: as alagadas, as periodicamente alagadas e as que não sofrem inundações. Nas áreas alagadas, a vegetação de gramíneas desenvolve-se no inverno e é usada para o gado bovino. Nas de eventuais alagamentos encontram-se, além de vegetação rasteira, arbustos e palmeiras como o buriti e o carandá. E nas que não sofrem inundações predominam os cerrados e, em pontos mais úmidos, espécies arbóreas da floresta tropical. Em razão da regularidade e da alternância de períodos de cheia e de seca, existe grande variedade de espécies animais e vegetais.A princípio, a criação de gado não causou danos ambientais, mas, recentemente, com o investimento de grandes capitais e a excessiva proliferação do gado, o equilíbrio vem sendo ameaçado. Há também contaminação por causa de agrotóxicos utilizados na agricultura, nos garimpos irregulares, na caça e na pesca predatórias. Tudo isso prejudica a qualidade da água, elemento-base de todo o ecossistema pantaneiro.

Cerrado–Formação típica de área tropical com duas estações marcadas, um inverno seco e um verão chuvoso. Sua área de ocorrência é o Brasil central. O solo, deficiente em nutrientes e com alta concentração de alumínio, dá à mata uma aparência seca. As plantas têm raízes capazes de retirar água e nutrientes do solo a mais de 15 m de profundidade. A vegetação caracteriza-se principalmente pela presença de pequenos arbustos e árvores retorcidas, com cortiça (casca) grossa e folhas recobertas por pêlos. Encontram-se, ainda, gramíneas e o cerradão, um tipo mais denso de cerrado que já abriga formações florestais. Tradicionalmente utilizado pela pecuária, o cerrado tem sido ocupado pela monocultura da soja, responsável pela descaracterização dessa cobertura, que já representou cerca de 25% do território brasileiro.

Campos ou Pradarias
–Formados por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos, ocupam áreas descontínuas do país e possuem características diversas. São denominados campos limpos quando predominam as gramíneas. Se a estas se somam os arbustos, são denominados campos sujos. Quando ocupam áreas de altitude superior a 100 m são chamados de campos de altitude, como na serra da Mantiqueira e no planalto das Guianas. Já os campos da hiléia se referem às formações rasteiras que se encontram na Amazônia. Os campos meridionais, quase sem espécie arbustiva, como a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul, são ocupados principalmente pela pecuária.

Mata de araucária–Própria do clima subtropical, é encontrada na Região Sul e em trechos do estado de São Paulo. É uma floresta aciculifoliada (folhas em forma de agulha, finas e alongadas) e tem na Araucaria angustifolia, ou pinheiro-do-paraná, a espécie dominante, cujo fruto é o pinhão. Atingem mais de 30 m de altura e possuem formação aberta, oferecendo certa facilidade à circulação. Seu principal produto, o pinho, tem ampla e variada aplicação econômica na indústria de móveis, na construção civil e na indústria de papel e celulose. As florestas dessa formação são a principal fonte produtora de madeira do país, o que levou a seu desaparecimento quase total. As áreas de reflorestamento voltam-se principalmente para o pinus e os eucaliptos, menos nobres, porém mais exploráveis em curto intervalo de tempo.

Mata de cocais–Situada entre a floresta Amazônica e a caatinga, a mata de cocais está presente nos estados do Maranhão e do Piauí e norte do Tocantins. No lado oeste, onde a proximidade com o clima equatorial da Amazônia a torna mais úmida, é freqüente o babaçu: palmeiras que atingem de 15 a 20 m de altura. Dos cocos do babaçu extrai-se o óleo, muito utilizado pelas indústrias alimentícia e de cosméticos. No lado mais seco, a leste, domina a carnaúba, que pode atingir até 20 m de altura. Das folhas da carnaúba é extraída a cera. A mata de cocais é utilizada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal. A destruição, no entanto, acontece com a criação de áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins.

Mangue
–É uma formação vegetal composta de arbustos e espécies arbóreas que ocorrem em áreas de lagunas e restingas ao longo de todo o litoral. Nessa formação vegetal predominam troncos finos e raízes aéreas e respiratórias (ou raízes-escora), adaptadas à salinidade e a solos pouco oxigenados. Por ser rico em matéria orgânica, tem papel muito importante na reprodução e no abrigo de espécies da fauna marinha. Tradicionalmente, no mangue se realiza, como atividade econômica, a pesca de caranguejo. Sofre a ação destrutiva do turismo predatório, da ocupação imobiliária e da poluição provocada por esgotos.

Restinga–É uma vegetação própria de terrenos salinos, formada por ervas, arbustos e árvores. Predomina no litoral da Bahia ao Rio de Janeiro e no do Rio Grande do Sul. Os destaques são a aroeira-de-praia e o cajueiro. Recebe os efeitos da mesma ação destrutiva a que está exposto o mangue.